Ponte Salvador-Itaparica: empresa visita Brasil para discutir impasse

Empresa que entrará no Consórcio Salvador-Itaparica, a CECC enviará acionistas ao Brasil na próxima semana para discutir impasses contratuais envolvendo a estrutura que ligará a capital baiana à Ilha de Itaparica.

A informação foi confirmada ao Aratu On, nesta sexta-feira (23), pelo secretário da Casa Civil, Afonso Florence. Segundo ele, os representantes da CECC estarão na Bahia e em Brasília para debater a Ponte Salvador-Itaparica.

Segundo Florence, um dos impasses mencionados pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) se referiam a aditivo para atualizar o plano de negócios da Ponte Salvador-Itaparica.  “Este aditivo já foi aprovado pelas empresas, publicado na bolsa de Hong-Kong e ontem à noite foi apreciado no Conselho de Desenvolvimento e Reforma do Estado chinês”, pontuou (assista abaixo).

De acordo com Jerônimo, a CECC pediu novo financiamento de R$ 1,5 bilhão ao Banco do Nordeste. A estatal já havia liberado, anteriormente, outros aportes, de cerca de R$ 3 bilhões. 

Os pedidos foram feitos durante reunião do governador, na China, com representantes da empresa, que assumirá o lugar da CR20 no Consórcio Ponte Salvador-Itaparica. 

Jerônimo diz que, nesta manhã, realizou audiência com a presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, que se comprometeu a intermediar conversas com empresas chinesas, no intuito de obter os R$ 1,5 bilhão pleiteados pelo consórcio.

O gestor indica que o contrato foi assinado por todas as partes, exceto a CCECC. Outra empresa do consórcio, a CCCC teria assinado o novo vínculo para construção da Ponte Salvador-Itaparica. 
Segundo Jerônimo, outros pontos foram alvo de pedido de renegociação pela CCECE. São eles:

• Agilidade no visto para engenheiros chineses;

• Correção de problemas com uma rocha considerada mole encontrada na sondagem em águas profundas.

De acordo com o governador, o problema com esta rocha foi o único ponto contratual questionado pelos chineses. A descoberta do material criou, na empresa da China, receio de novo aumento de custos. “Eles querem que tenha uma coisa que garanta. Então nós propusemos: vocês escrevem isso, consulta a gente, a gente responde, vocês têm um documento e anexa isso como parte do processo de garantia de vocês. Foi feito, isso foi resolvido”, concluiu.

Contrato da Ponte Salvador-Itaparica

A revisão contratual ocorre após o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) aprovar, no último dia 11, um aditivo contratual entre o governo estadual e o consórcio responsável pela obra. Segundo o presidente do TCE, conselheiro Marcus Presídio, a concessão foi reduzida de 35 para 29 anos, enquanto o prazo de execução da ponte será de seis anos.

A proposta aprovada pelo TCE em 11 de fevereiro deste ano, no valor de R$ 10,42 bilhões entre recursos públicos e privados, é de seis anos para a entrega da obra à população.

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