Éden Valadares reconhece falhas, mas destaca força do PT com trabalhadores
Recém nomeado como Secretário nacional de Comunicação do PT, Éden Valadares reconhece falhas na comunicação do partido, mas enaltece relação próxima com os trabalhadores
Por João Tramm.
O recém-nomeado secretário nacional de Comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT), Éden Valadares, destacou, em entrevista ao Aratu On, que o maior desafio da sigla será aprimorar a forma de dialogar com a sociedade em meio a um cenário marcado por hiperconectividade, desinformação e disputas narrativas.
Segundo Valadares, embora haja muito a avançar, o PT continua sendo o partido que melhor consegue se comunicar com sua base histórica: a classe trabalhadora.
“Eu sempre lanço um desafio: qual outro partido se comunica melhor com a classe trabalhadora do que o PT? E com humildade respondo: não tem”, afirmou.
Apesar das críticas de que o PT teria perdido força na sua capacidade de diálogo com o trabalhador, Éden Valadares sustenta que o partido já construiu um histórico sólido nessa área. Ele cita como exemplos os avanços recentes na produção de conteúdos, no combate às fake news e na criação de canais diversos — do site oficial à Rádio PT, podcasts, transmissões ao vivo e até mesmo um canal de TV.
“Temos uma caminhada muito importante. Como um partido que foi primeiro ou segundo colocado em todas as disputas presidenciais desde 1989 não é bom em se comunicar?”, questionou.
Para o dirigente, símbolos como a estrela vermelha e o número 13 são prova da força comunicativa do PT no imaginário popular. “A estrela e o 13 são os dois mais importantes símbolos políticos, partidários e eleitorais do Brasil. E o PT é o mais importante instrumento político da classe trabalhadora brasileira”, concluiu.
Desafios no novo cargo
Éden esteve enquanto presidente do PT na Bahia e fez sucessor na legenda estadual, com a eleição de Tássio Brito. Ao assumir a Secretaria, Éden afastou a ideia de protagonismo individual e ressaltou que a comunicação do PT é fruto de uma construção coletiva.
Para ele, a comunicação vai além das redes sociais ou do alcance digital medido em curtidas e visualizações, algo que o partido tem conseguido alcançar mais métricas digitais. “É a capacidade de comunicar nossa política, nossa visão de mundo e nossas propostas para o Brasil, alterando a correlação de forças de modo a tornar nossos valores hegemônicos”, explicou.
Valadares reconhece que o ambiente digital impõe desafios inéditos ao partido, e que o partido tenta se atualizar com a participação do baiano Sidônio Palmeira no governo Lula. Com a proliferação de fake news, manipulações e o impacto das chamadas guerras híbridas, o PT busca estratégias para se manter competitivo e conectado com diferentes públicos.
“É adotar novas linguagens? É buscar se conectar com as novas gerações? É ousar testar novas estéticas e estratégias? É tudo isso. Mas é também politizar e aprofundar o debate sobre a própria comunicação social, a democracia e o tipo de sociedade que queremos”, afirmou.
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