Chefe do Hamas declara fim da guerra na Faixa de Gaza; saiba detalhes

Chefe do Hamas declara fim da guerra com Israel e diz ter recebido garantias de cessar-fogo permanente; a expectativa é que todos os reféns vivos sejam libertados até a segunda-feira (13)

Por Laraelen Oliveira.

Khalil Al-Hayya, membro da alta cúpula do grupo terrorista Hamas, declarou nesta quinta-feira (9), o fim da guerra com Israel. Ele afirmou também ter recebido garantias dos Estados Unidos e de mediadores de países árabes sobre o cessar-fogo permanente. Porém ainda não se tem informações sobre uma resposta oficial de Israel em relação ao acordo de paz. 

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Em junho de 2025, o Hamas e Israel chegaram a um acordo de cessar-fogo, após intensas negociações, mas ele acabou sendo quebrado pouco tempo depois, o que levou a irritação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Al-Hayya atuou como negociador chefe do grupo nas conversas sobre a proposta de paz feita pelos Estados Unidos para a Faixa de Gaza. Em setembro, ele sobreviveu a um ataque de Israel contra alvos do Hamas no Catar. 

A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de outras 251/Foto:Divulgação/UNRWA

O anúncio do acordo de paz foi feito na quarta-feira (8). Segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Israel e o Hamas concordaram com a implementação da primeira fase para o fim da guerra.

Até o momento, os ministros do governo israelense estavam reunidos para discutir a aprovação oficial do acordo. Um porta-voz de Israel afirmou que o cessar-fogo, supostamente, começará em até 24 horas após a ratificação do tratado. 

Exigências para o acordo de paz 

Um dos pontos exigidos pelo governo de Israel para o avanço do acordo de paz é que o Hamas deixe o governo de Gaza e entregue as armas. O Itamar Ben-Gvir, líder do partido de extrema direita que integra a coalizão do governo israelense, afirmou que derrubará a gestão de Benjamin Netanyahu, caso o primeiro-ministro fracasse em desmantelar o Hamas. 

A guerra na Faixa de Gaza completa dois anos com mais de 67 mil palestinos mortos e 170 mil feridos, de acordo com as autoridades de saúde em Gaza/Foto: Divulgação/UNRWA

Outra condição imposta durante o acordo de paz na Faixa de Gaza, alcançado por Israel e o Hamas na quarta-feira, é a devolução dos corpos de reféns mortos em cativeiro. No entanto, este pode ser um dos principais desafios para que o acordo de paz se mantenha e entre em vigor. Segundo a imprensa norte-americana e israelense, o Hamas não sabe onde estão alguns dos corpos. 

Nesta quinta-feira, a Turquia anunciou que uma cooperação com autoridades estrangeiras foi feita para ajudar o Hamas a encontrar os corpos perdidos por diferentes localidades da Faixa de Gaza. 

Autoridades da Turquia também participaram nas negociações que resultaram no acordo de paz. Estados Unidos, Catar e Egito foram os mediadores do acordo.

Apesar do acordo inicial, a situação é complexa e requer a aprovação formal do governo israelense para que a trégua entre em vigor plenamente/Foto: Divulgação/UNRWA

O número de corpos desaparecidos ainda é parcialmente desconhecido até essa reportagem. No total, sabe-se que 28 dos 48 reféns, que ainda estão sob o poder do Hamas, morreram. A imprensa israelense fala de cerca de seis ou sete corpos desaparecidos. Oficialmente, o grupo terrorista ainda não se pronunciou sobre esse assunto. 

Segundo a imprensa dos Estados Unidos, o Hamas pediu um prazo maior para devolver os corpos das vítimas que morreram. De acordo com Trump, todos os reféns serão libertados provavelmente na segunda-feira (13). Ele apresentou o plano de paz que foi firmado nesta quarta.

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