Na Bahia, Lula destaca soberania e capacidade do trabalhador brasileiro

Em um discurso vibrante, feito durante a inauguração da fábrica da BYD em Camaçari nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) delineou uma visão de um Brasil soberano e com potencial global, ancorado em suas vastas riquezas naturais e na capacidade de seu povo. A fala, focada na construção de uma "pátria soberana", sublinhou a posição estratégica do país e a importância de se firmar no cenário internacional, especialmente nas relações com a China.

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Lula ressaltou a singularidade do Brasil, destacando-o como uma nação de proporções e recursos inigualáveis. "Esse ato aqui [inauguração da fábrica da BYD na Bahia], é demonstração de que estamos criando uma pátria soberana," declarou, listando as credenciais ambientais do país: "um país que tem a maior reserva florestal do mundo, um país que tem 12% da água doce do planeta Terra".

Além da riqueza natural — que inclui uma vasta e crescente riqueza mineral — o presidente enfatizou o capital humano como o maior ativo nacional: "Um país de gente trabalhadora." Para ilustrar a competência e dedicação do trabalhador brasileiro, Lula citou uma passagem notável da história industrial:

"Lembro que quando Ford veio para cá, o diretor mundial disse: 'aquilo que o americano leva muito tempo para fazer, o trabalhador brasileiro em 90 dias faz com perfeição'".

Investimento em conhecimento e parceria global

A excelência da mão de obra brasileira, segundo o presidente, precisa ser combinada com a "exportação de conhecimento". É nesse contexto que Lula defendeu a política de investimento em educação. "É por isso que estamos investindo em universidades, institutos federais, para que o Brasil possa exportar também conhecimento," afirmou, vinculando diretamente a educação superior à projeção internacional do país.

Essa visão de um Brasil que exporta conhecimento, e não apenas commodities, está intrinsecamente ligada à sua política externa, destacada pelo fortalecimento das relações com a China. "E por isso vamos continuar fortalecendo as relações com a China. Posso disser que me considero amigo do presidente Xi Jinping", acrescentou.

Lula destaca soberania

Ao finalizar, o presidente deixou clara a postura de não alinhamento automático e a defesa intransigente da autonomia nacional. A parceria com a China é enquadrada em um patamar de igualdade e respeito mútuo.

"Nós nos tratamos como dois países de importância global," pontuou Lula. E, em uma advertência direta a qualquer potência que tente ditar os rumos internos do Brasil, concluiu: "e não aceitamos que metam o dedo no nosso país."

O discurso ocorrem após momentos de tensão do ponto de vista econômico e político com os Estados Unidos (EUA)., em especial com a aplicação do chamado Tarifaço pelo presidente Donald Trump. 

Em movimento recente, os dos líderes começaram as 'negociações de paz', mas com a  comunicação do governo destacando que não negocia aspectos relacionados com a soberania brasileira.