Flávio Dino diz já ter novidades no caso Marielle: 'Vamos chegar a uma solução do crime'
O que dificulta a conclusão do caso, segundo o ministro, é a falta de imagens de câmeras de segurança do dia do crime
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, demonstra ter cada vez mais certeza da solução de um dos crimes mais emblemáticos da história recente do Brasil, o assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, na noite de 14 de março de 2018. As informações são da Agência Pública.
Em entrevista exclusiva concedida à Agência Pública no fim de junho, ele trata o caso com o que definiu como “otimismo moderado”, em decorrência do tempo passado após o crime e da destruição de provas. Sem adiantar informações da investigação sigilosa, Dino garantiu ter novidades sobre o caso: “Acredito que vamos chegar a uma solução do crime”.
"Trabalho sempre com um conceito de 'otimismo moderado'. Otimismo porque temos um trabalho sério, uma equipe da PF trabalhando só no caso Marielle há três meses. Isso me dá esperança. Mas, por que minha moderação? Porque se passaram cinco anos. Imagens, impressões digitais, indícios de um modo geral se perderam", apontou.
O que dificulta a conclusão do caso, segundo o ministro, é a falta de imagens de câmeras de segurança do dia do crime. "Se tivesse imagens daquele dia do assassinato… imagine a quantidade de câmeras no centro do Rio de Janeiro. Rapidamente, se chegaria aos assassinos, ao carro [usado no crime], de onde ele veio, de onde saiu, qual percurso fez, isso com base na ERB [antena de telefonia celular] dos celulares… você chegaria rapidamente [aos culpados]. Hoje, a tecnologia é amiga da investigação, não existe crime perfeito. Mas, infelizmente, não temos mais os dados da ERB, não temos as câmeras, e essa é a razão da minha moderação. Não existe crime perfeito, mas, infelizmente, não temos mais os dados completos".
Porém, mesmo com as dificuldades, as investigações estão avançando: "Temos novidades, sim. Não tenho uma previsão, porque há coisas que faço questão de não saber, mas, sim, as equipes me informaram que conseguiram avançar… até onde, não posso dizer. Mas acredito que vamos chegar a uma solução do crime, sim".
*Texto de Vasconcelo Quadros e Caio de Freitas Paes, da Agência Pública.
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