Política

No cortejo do 2 de Julho, Isidório comenta denúncias contra a Fundação Dr. Jesus: "faço aquele teatro"; assista

Por Da Redação

No cortejo do 2 de Julho, Isidório comenta denúncias contra a Fundação Dr. Jesus: "faço aquele teatro"; assistareprodução/vídeo/Aratu On

Quem também marcou presença no cortejo cívico do 2 de Julho, neste sábado, em Salvador, foi o deputado federal Pastor Sargento Isidorio (Avante). Na ocasião, não evitou falar sobre as denúncias contra a Fundação Dr. Jesus, da qual é fundador, afirmando que recebeu apoios de diferentes lados políticos com a "normalidade de um homem de bem".


"Lá [fundação] não é faculdade de engenharia, de medicina... Não é formato de padre nem de pastor. A gente recebe meninos traquinos e meninas que vendem drogas para recuperar; [gente] que quebrou o limite em casa, que fez rebelião contra pai, mãe e a sociedade", disse Isidório.


"Eu faço aquele teatro que 'mato', que 'mordo', que 'ranco c*lhão'... Mas eles não estariam aqui. Torturados fora de muro, de arame, de algema? Estão todos aí, felizes, mudando de vida, voltando a trabalhar e a estudar", afirmou.


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POLÊMICA NA FUNDAÇÃO DR. JESUS


 


No último dia 19 de junho, o programa Fantástico, da Rede Globo, denunciou práticas contrárias à ciência promovidas na Fundação Doutor Jesus. Além disto, num discurso, Isidório tecia frases lgbtfóbicas contra pessoas da comunidade LGBTQIA+ lotadas na instituição. Especialistas consultados pela reportagem criticaram o modelo de tratamento.


Em meio às denúncias, foi revelado de que a fundação deve receber do Governo da Bahia mais de R$ 56 milhões até 17 de junho de 2024. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal Bahia Notícias e verificada pelo Aratu On, a partir de dados disponibilizados na edição do dia 15 de junho do Diário Oficial do Estado.


O montante é oriundo de um termo de fomento firmado entre a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e a comunidade terapêutica. O acordo é assinado pelo titular da pasta, Carlos Martins, e Francisca Edileuda Celestino e Silva, representante da fundação de Isidório, que é ex-assessora parlamentar do deputado no período em que ele cumpria mandato na Assembleia Legislativa da Bahia.


De acordo com o documento, a verba será destinada para o projeto Ararat VI, que visa o acolhimento de até mil pessoas, segundo justificativa dos organizadores, "de ambos os sexos, em situação de vulnerabilidade pessoal e social, usuários de álcool, crack e outras drogas, em ambiente favorável, organizado, promovendo a reinserção social, ocupacional, familiar e comunitária".


O detalhamento dos R$ 56 milhões é o seguinte: R$ 54.871.335,76 em contribuições do Palácio de Ondina e R$ 1.172.960,04 em auxílios. 


No dia 20 de junho, em entrevista à TV Aratuo parlamentar desafiou a Rede Globo a ir na Fundação Doutor Jesus e afirmou que a emissora é quem precisaria ser "investigada".


Procurado pelo Aratu On, Isidório assegurou que todos os trâmites seguiram rigorosamente o rito de fiscalização e auditagem pelo Governo do Estado. Ele sugeriu que faltam espaços na Bahia para fazer o trabalho que a Fundação Doutor Jesus realiza. "Se alguém quiser fazer esse tratamento, não há problema. Estamos às ordens. Eu acho, realmente, que o Governo Federal e o Governo do Estado têm que investir na recuperação dessas pessoas", disse.


"Se alguém quiser fazer essa recuperação, a gente nem começa esse projeto", acrescentou.


CORTEJO


Após três anos sem ser realizado, o cortejo do 2 de Julho, neste sábado (2/7), reuniu algumas das principais personalidades políticas do Brasil. Diante deste cenário, houve tumulto na passagem de alguns destes nomes.


O primeiro a criar aglomeração foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele esperou o cortejo passar de dentro do Colégio Soledade, na Lapinha. Quando o governador Rui Costa (PT) e o pré-candidato ao Governo, Jerônimo Rodrigues (PT), passaram pelo local, ele apareceu e arrastou uma multidão.


Os apoiadores do petista lotaram o trecho do percurso e enrolaram gritos de apoio a ele, que andou cerca de 59 metros e foi deslocado para uma rua lateral ao cortejo. Agora, ele participa de um evento na Arena Fonte Nova ao lado de apoiadores.


Quem também gerou tumulto foi o ex-prefeito da capital, ACM Neto (UB), pré-candidato a governador. Ao lado do prefeito Bruno Reis (UB), ele cumprimentou apoiadores e reuniu aliados, como o pré-candidato ao Senado, Cacá Leão (PP) e o vice-presidente da Câmara de Salvador, Duda Sanches (UB).


Também estiveram no cortejo outros dois pré-candidatos à presidência: Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). o pedetista, assim como Lula, saiu antes do final do desfile.


Além deles, estiveram outras lideranças, como o presidente da Câmara soteropolitana, Geraldo Jr. (MDB), o senador Otto Alencar (PSD), a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), entre outros.


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