Salvador adota tecnologia inovadora no combate à dengue, zika e chikungunya

Tecnologia contra mosquito da dengue interrompe ciclo reprodutivo do inseto, que também é vetor da zika e da chikungunya

Por Júlia Naomi.

A  Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) iniciou uma ação estratégica para combater o Aedes aegypti, nesta terça-feira (15). A iniciativa envolve a utilização de uma nova tecnologia que atua na interrupção do ciclo reprodutivo do mosquito da dengue, também vetor da zika e chikungunya.

Arboviroses são doenças transmitidas principalmente por artópodes, como mosquitos e carrapatos. Foto: Agência Brasil

As Estações de Disseminação de Larvicida (EDL) são uma tecnologia que amplia o alcance das ações de combate ao inseto transmissor de arboviroses em focos de difícil acesso. Primeiro, o mosquito entra em contato com o veneno para larvas, presente em armadilhas. Em seguida, ele carrega o produto consigo e leva para outros criadouros, potencializando a eliminação de larvas em diferentes locais.

Nesta terça-feira (15), teve início a fase pré-intervenção. Com o objetivo de avaliar o cenário inicial da infestação do Aedes aegypti, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) instalou armadilhas para coleta de ovos (ovitrampas) no Bairro da Paz, local escolhido por seu histórico de vulnerabilidade às doenças disseminadas pelo mosquito.

Esta fase inicial do plano de combate a arboviroses, com estudos de monitoramento entomológico, se estenderá até setembro. Neste mesmo período, ocorrerá também a captura de insetos adultos através da aspiração em 3 mil imóveis cadastrados.

Implementação de tecnologia contra mosquito da dengue em Salvador

A partir de outubro, terá início a fase de intervenção, com a implementação das Estações de Disseminação de Larvicida (EDL) na região. De acordo com a SMS, esta é uma solução segura, eficaz, ecologicamente viável e reconhecida pelo Ministério da Saúde, que complementa as medidas já adotadas pelas equipes de campo.

Tecnologia contra mosquito da dengue a ser adotada em Salvador potencializa o combate do inseto na fase larval. Foto: Agência Brasil

O desempenho da tecnologia será acompanhado pelo Centro de Controle de Zoonoses durante seis meses. Ao final do período, os resultados serão avaliados com base na redução da infestação do vetor. “Estamos apostando nessa tecnologia para aumentar a abrangência das nossas ações e proteger a saúde da comunidade”, afirma Isolina Miguez, coordenadora do CCZ.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça que o sucesso da estratégia de combate à dengue, zika e chikungunya também depende do apoio da comunidade.”Medidas simples como eliminar focos de água parada, descartar corretamente o lixo e receber bem as equipes de campo são fundamentais para o controle do mosquito”, diz.

As ações implementadas no combate a arboviroses na cidade de Salvador estão em conformidade com a descrição do Plano de Ação para Redução da Dengue e outras Arboviroses, lançado em setembro de 2024 pelo governo federal.

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