'Operação Kariri' condena 6 por organização criminosa e lavagem de dinheiro

Além da condenação de seis pessoas, a investigação da "Operação Kariri" resultou no confisco definitivo de bens, entre 11 imóveis, 15 veículos e mais de 500 cabeças de gado

Por Lucas Pereira.

Seis pessoas foram condenadas pela Justiça nesta terça-feira (1º) por crimes de organização criminosa para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, mediante investigações da “Operação Kariri”, do Ministério Público da Bahia (MPBA). 

Os condenados integravam uma organização criminosa que, segundo a Operação Kariri, lavava dinheiro comprando terras. Foto: Divulgação/ MPBA

Segundo a "Operação Kariri", os condenados integravam um grupo familiar criminoso que atuava há décadas em Feira de Santana e região, abastecendo o mercado de droga ilícitas local e lavando os lucros do crime com compra de imóveis, entre apartamentos de luxo e fazendas. Ainda cabe recurso e, por determinação da Justiça, os condenados poderão recorrer em liberdade. 

A sentença foi proferida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana, que também determinou o confisco definitivo de bens, entre 11 imóveis, 15 veículos e mais de 500 cabeças de gado, que ainda serão periciados, podendo chegar ao valor de R$ 50 milhões. 

A organização criminosa era liderada por Rener Umbuzeiro, já falecido. A esposa dele, Niedja Maria de Lima Souza Umbuzeiro, e a filha Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro, foram condenadas com a maior pena, sentenciadas a 16 anos e seis meses de prisão. Elas foram apontadas nas investigações como chefes do núcleo financeiro e responsáveis pela gestão e fluxo dos ativos ilícitos, organizando a ocultação e dissimulação patrimonial, sendo que Larissa coordenava todo o processo de lavagem de dinheiro. 

Além delas, foram condenadas Clênia Maria Lima Bernardes (irmã de Niedja), Paulo Victor Bezerra Lima (esposo de Larissa), Gabriela Raizila Lima de Souza (sobrinha de Niedja) e Robélia Rezende de Souza.

Como o grupo operava

O modus operandi da organização, elucidado pela "Operação Kariri", envolvia o uso de laranjas para registrar bens e movimentar dinheiro sem serem identificados. As investigações provaram, a partir de diversos flagrantes de apreensão de maconha e evidências de plantio, que os denunciados estavam envolvidos com a lavagem de dinheiro proveniente das atividades de tráfico. 

A sentença detalha o envolvimento de cada um dos réus nos crimes de lavagem de capitais, com base em informações policiais, relatórios de inteligência financeira (COAF/UIF), interceptações telefônicas e telemáticas, documentos de transações imobiliárias e bancárias, e depoimentos testemunhais e dos acusados.

O modus operandi da organização envolvia o uso de laranjas para registrar bens e movimentar dinheiro sem serem identificados. Foto: Divulgação/PF

Siga a gente no InstaFacebookBluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).

Comentários

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.