Tratamento de diabetes com bomba de insulina melhora a qualidade de vida dos pacientes
Tratamento de diabetes com bomba de insulina melhora a qualidade de vida dos pacientes
O Diabetes é uma das doenças que mais atingem os brasileiros. De acordo com o levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013, o transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, atinge 9 milhões de brasileiros. Para o tratamento da doença, um dos métodos mais autuais e eficazes é a utilização de Bomba de Infusão de Insulina.
O equipamento portátil, libera insulina de ação rápida, 24 horas por dia. O desenvolvimento do aparelho foi um grande avanço no tratamento dos pacientes, por garantir uma maior flexibilidade na rotina, uma vez que não exige uma rigidez no horário. A Bomba libera insulina através de um cateter que é colocado sob a pele. As doses liberadas são calculadas baseado na ingestão de alimentos (contagem de carboidrato) o que permite uma maior flexibilidade na alimentação, inclusive podendo inserir o açúcar.
Totalmente inovador, o procedimento chega a capital baiana através da endocrinologista Ana Claudia Ramalho, pioneira na instalação e acompanhamento de pacientes com bomba de insulina. Confira abaixo uma entrevista com a doutora e saiba mais sobre esse equipamento.
1. O Tratamento com bomba de insulina é relativamente novo. Há quanto tempo esse tratamento está sendo realizado na Bahia?
Há mais de 10 anos, mas as bombas atuais são melhores. Tem outros recursos que facilitam muito a vida dos pacientes com diabetes. Por isso está terapia começa a ser mais conhecida.
2. Quem pode utilizar a bomba de insulina? Há restrições?
Qualquer paciente com diabetes que usa insulina de forma intensiva, ou seja várias vezes ao dia. As indicações formais são: pacientes com hipoglicemias severas (pacientes que entraram em coma); gestantes; crianças; pacientes que não conseguem controle da glicemia com aplicação de insulina com canetas ou seringa; Pacientes que desejem mais flexibilidade de vida; para reduzir as aplicações, pois eles passam de 6-7 aplicações ao dia para 1 a cada 3 dias e para melhorar qualidade de vida.
3. Quais as principais vantagens em relação ao tratamento convencional?
Para reduzir as aplicações, pois eles passam de 6-7 aplicações ao dia para 1 a cada 3 dias; flexibilidade da vida, podendo o paciente atrasar refeições ou dormir fora do horário habitual sem descompensar o diabetes; e flexibilidade na alimentação permitindo ao paciente o uso de doces sem exageros, é claro.
4. E quais as desvantagens?
Andar com o equipamento o tempo inteiro; e alguns pacientes ficam com marcas na pele no lugar do cateter.
5. Como é o processo de adaptação a esse tratamento?
Instalamos a bomba e acompanhamos semanalmente, durante um mês, para que o paciente aprenda todos os recursos da bomba. Adaptação é muito rápida e normalmente com uma semana a dez dias já estão a vontade com o equipamento.
6. Quais as restrições para quem utiliza o aparelho?
Não pode ficar desconectado mais do que 2 horas; não pode molhar o equipamento e deve retirar a bomba na praia e piscina, deixando apenas a parte do cateter que fica na pele para ser reconectada; e importante pensar como vai adaptar a bomba a algumas roupas.