Ministro Alexandre de Moraes retira sigilo de decisão que autorizou ação da PF em atos antidemocráticos
Ministro Alexandre de Moraes retira sigilo de decisão que autorizou ação da PF em atos antidemocráticos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta segunda-feira (22/6), retirar o sigilo da operação que autorizou operação da Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga atos antidemocráticos, na última semana.
A justificativa do ministro foram as "inúmeras publicações jornalísticas de trechos incompletos do inquérito". "Em virtude do acesso de investigados aos autos, com base na SV 19 e diante de inúmeras publicações jornalísticas de trechos incompletos do inquérito, inclusive da manifestação da PGR e da decisão judicial proferidas nos autos do Inquérito 4828, que tramita nesta Corte, torno pública a decisão proferida em 27 de maio de 2020", escreveu o ministro na decisão.
Estão sendo investigados parlamentares, empresários, publicitários e blogueiros, todos aliados do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
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As investigações da Procuradoria Geral da República (PGR) apontam que quatro deputados do PSL fizeram repasses de verbas para divulgar os atos antidemocráticos. São eles: Bia Kicis (PSL-DF), Guiga Peixoto (PSL-SP), Aline Sleutjes (PSL-PR) e General Girão (PSL-RN).
De acordo com reportagem do jornal "O Globo", o dinheiro da cota parlamentar desembolsado pelos deputados foi destinado à empresa Inclutech Tecnologia de Informação, do publicitário Sérgio Lima, responsável pela marca do partido que Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil.
Por meio de nota, Bia Kicis afirmou que "ao contrário das ilações feitas nesse inquérito ilegal e abusivo, os gastos são para divulgação de mandato parlamentar, são legais e estão previstos no regimento da Câmara”.
Também em nota, a assessoria do deputado General Girão disse que ele não financiou nenhum tipo de manifestação e que os contratos firmados com a empresa Inclutech foram para prestação de serviços relacionados à logomarca General Girão, à elaboração e manutenção do site do parlamentar e à produção de relatórios diários de notícias.
Guiga Peixoto e Aline Sleutjes também afirmaram que que não financiaram ou apoiaram atos antidemocráticos.
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