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“Não consegui pensar em outra coisa além do que aconteceu”, diz vítima de ataque homofóbico

“Não consegui pensar em outra coisa além do que aconteceu”, diz vítima de ataque homofóbico

Por Da Redação

“Não consegui pensar em outra coisa além do que aconteceu”, diz vítima de ataque homofóbicoReprodução/ Instagram

O estudante universitário Thiago Almeida, 20 anos, denunciou em suas redes sociais, um ataque homofóbico que sofreu na noite da última sexta-feira (8/6), em Salvador.


Thiago prestou queixa no domingo (10/6) na 12º Delegacia Territorial (Itapuã) e nesta segunda-feira (11/6) esteve na unidade policial para conversar com o delegado e pegar a guia para realização do exame de corpo de delito. Bastante abalado, a vítima informou que ainda se recupera fisicamente e psicologicamente do ataque sofrido.


Segundo o estudante, ele estava acompanhado de uma amigas em uma boate no Rio Vermelho quando conheceu o homem que estragaria a sua noite. “Eu conheci esse rapaz dentro da boate, mas foi muito rápido. Quando saímos, nós estávamos indo para Barra e encontramos ele do lado de fora. Ele ficava falando comigo o tempo todo que não era gay, mas que dava selinho em rapazes”, relatou.


No final da noite, o estudante ainda conta que o rapaz que o agrediu, identificado como Daniel Balzan, estava com uns amigos dele e ofereceu carona para ele que mora em Stella Maris. Thiago revela também que Daniel estava com o dedo machucado, pois tinha brigado momentos antes de todos irem embora.


Momentos antes da agressão, Daniel deixou uma pessoa no bairro do Itaigara e seguiu pela Avenida Paralela. A vítima informou que não imagina que seria atacado porque estavam todos conversando tranquilamente até o momento em que Daniel estacionou próximo a um posto de gasolina na entrada do Alphaville e pediu para Thiago descer do carro.




“Eu desci do carro, mas não entendi nada. Ele segurou no meu rosto e começou a me bater, me deu três murros na cara, me empurrou no chão e depois disso, eu caí e não consigo lembrar de muita coisa. Só lembro na hora dele ter ido embora, ele me xingou de ‘bixa’, ‘viadinho’, cuzão?, uma vergonha?, relembra.


Um taxista que presenciou todas as agressões ajudou a vítima a chegar até em casa. “Eu falei para ele que não tinha dinheiro nenhum, o único dinheiro que tinha era no cartão, mas ele me ajudou a levantar e me falou que levaria em casa, que eu tinha que denunciar porque se tratava de homofobia”.


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