Diretor de rede de farmácias está entre os responsáveis por tragédia em Camaçari, diz polícia
Diretor de rede de farmácias está entre os responsáveis por tragédia em Camaçari, diz polícia
A titular da 18ª Delegacia Territorial (DT), Thaís Siqueira, revelou o nome das pessoas indiciadas por dez mortes após explosão da Farmácia Pague Menos de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira (26/5) durante entrevista coletiva à imprensa.
Josué Ubiranilson Alves, diretor da empresa Pague Menos, Augusto Alves Pereira, gerente regional, Maria Rita Santos Sampaio, gerente da farmácia, Erick Bezerra Chianca, sócio da empresa de manutenção Chianca, Rafael Fabrício Nascimento de Almeida, sócio da empresa da AR Empreendimentos, e Luciano Santos Silva, técnico em refrigeração pela AR, vão responder por homicídios por dolo eventual e tentativas de homicídio dos nove feridos.
Já Fernando Vieira de Farias e Edilson Soares de Souza, funcionários da empresa de manutenção Chianca, foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Segundo a delegada, eles agiram com negligência. No local do incêndio, a perícia encontrou botijões de gás GLP e soldas elétricas que estavam sendo utilizadas pelos operários que trabalhavam nas obras de reparo do telhado e do sistema de ar condicionado da loja.
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O coordenador de Engenharia Legal do Departamento de Polícia Técnica (DPT), Eduardo Rodamilans, explicou que várias irregularidades foram observadas na execução da obra, expondo a riscos os funcionários e clientes do local.
“O gás GLP estava sendo utilizado para soldar objetos num ambiente fechado e sem ventilação adequada, o que aumenta o risco de explosões. Além disso, os materiais inflamáveis não foram retirados da loja durante a obra”, exemplificou o perito, acrescentando que a explosão causou o desabamento da estrutura da loja.
O inquérito concluído pela delegada Thaís Siqueira foi remetido ao Ministério Público (MP) de Camaçari no final de março. Cerca de 60 testemunhas foram ouvidas ao decorrer das investigações “Não restou dúvidas de que todos os indiciados sabiam dos riscos e, mesmo assim, consentiram a abertura da loja naquele dia”, disse.
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*Publicada originalmente às 17h06