Sequência de lesões no Bahia aumenta preocupação com excesso de jogos
A sequência de lesões foi agravada no jogo de ontem contra o Botafogo, com as contusões de Juba e Mingo
Por Dinaldo dos Santos.
A sequência de lesões que assola o Esporte Clube Bahia em 2025 acende alerta para o Departamento Médico do clube que aumenta preocupação com o excesso no número de jogos. Até o momento, o DM já contabilizou cerca de 30 lesões na temporada.
O cenário é agravado na reta final do Campeonato Brasileiro: no jogo de ontem (1º), contra o Botafogo, no Engenhão, o Bahia foi derrotado por 2×1 e viu mais dois titulares se somarem à lista de dúvidas médicas.
O lateral-esquerdo Luciano Juba e o zagueiro Santiago Mingo sentiram lesões e passam a integrar o rol de atletas com condições clínicas questionáveis para o confronto de domingo contra o Flamengo, na Arena Fonte Nova.
Antes deste revés, na capital carioca, o Bahia comemorou o retorno do atacante, Ademir, no domingo (28), que foi decisivo no triunfo diante do Palmeiras. Contudo, outros atletas titulares estão afastados por lesão e preocupa a nação tricolor na luta para conquistar acesso, de forma direta, à Taça Libertadores.
Lesões no Bahia: um problema sistêmico
A intensidade do calendário esportivo, aliada ao volume de jogos acumulado, é um dos fatores apontados para a escalada das lesões. O Bahia é o clube que mais jogou no Brasil em 2025: até meados de setembro, já havia disputado 63 partidas, com perspectiva de alcançar até 80 ao fim da temporada
Com essa carga de partidas e intervalos curtos para recuperação, o desgaste físico tornou-se um inimigo constante. Luciano Juba vinha ocupando a lateral esquerda com regularidade e, até então, não constava como ausência no registro de baixas musculares, embora em diversas fases do ano o time tenha sofrido com desfalques nas laterais
O fato dele entrar agora no radar do departamento médico torna-se mais um indício de que até os jogadores considerados seguros estão vulneráveis. Já Santiago Mingo, que compõe a retaguarda titular, passa a ter sua condição clínica observada com preocupação.
Essas ocorrências reforçam a sensação de fragilidade no setor defensivo e ampliam os desafios técnicos de Rogério Ceni, que já vinha tendo de lidar com ausências estruturais.
Investimento e justificativas: a fala de Natalia Bittencourt
Diante dessa crise, o Bahia tem buscado demonstrar que não mede esforços para estruturar seu setor de saúde e performance. A Diretoria de Performance e Saúde, sob comando da Dra. Natalia Bittencourt, foi criada em 2023 como parte de uma reorganização do departamento de futebol do clube.
Com currículo acadêmico e atuação internacional, Bittencourt firmou-se como figura central ao integrar, por exemplo, a Comissão Científica do COI (Comitê Olímpico Internacional) e o comitê de lesões da FIFA antes mesmo de chegar ao Bahia
Em participação no podcast oficial “BahêaCast”, Natalia abordou, entre outros assuntos, os desafios de conciliar alta demanda física e recuperação adequada.
Assista ao vídeo:
LEIA MAIS: Polêmica Libra: o que perde o Bahia com a judicialização do Flamengo
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).