Everton Ribeiro pode voltar ao auge? Especialista responde no Aratu 24h

Dra. Carolina Ferraz é endocrinologista e responde: Everton Ribeiro pode voltar ao auge? Especialista responde

Por João Tramm.

Everton Ribeiro, meia e camisa 10 do Bahia, viveu uma reviravolta pessoal e profissional nas últimas semanas. Após ser diagnosticado com câncer de tireoide, ele passou por cirurgia bem-sucedida para retirada da glândula. Apesar disso, uma pergunta persiste na nação tricolor: Everton Ribeiro pode voltar ao auge? Especialista responde.

A endocrinologista Dra. Carolina Ferraz, do AC Camargo Cancer Center e professora da Santa Casa de São Paulo, concedeu entrevista ao Aratu 24h nesta terça-feira (18). Durante o papo, a cirurgiã explicou que o jogador tem grandes chance de retornar no mesmo nível que estava antes do procedimento.

Everton Ribeiro pode voltar ao auge?; Foto: Letícia Martins | ECB

Não é a primeira vez que um atleta passa por esse tipo de câncer. A ex-jogadora de vôlei Dani Lins também enfrentou o mesmo tipo de problema de saúde, enfermidade que embora acometa os homens, é muito mais frequente em mulheres. Dani Lins, que anunciou há pouco tempo estar curada, tem usado suas redes sociais para conscientizar o público sobre o câncer de tireoide e a necessidade de realizar exames regulares.

Everton Ribeiro pode voltar ao auge?

De acordo com Dra. Carolina Ferraz, após a retirada da tireoide, com um acompanhamento endocrinológico adequado, a reposição hormonal costuma ser eficaz e permitir uma vida praticamente normal, inclusive em termos atléticos. Com isso, Dra. Carolina minimiza riscos na performance de Everton Ribeiro:

“A grande maioria dos pacientes fica bem. Demora um tempinho de adaptação — mais ou menos uns dois meses após a cirurgia — até encontrarmos a dosagem certa do hormônio. Mas a chance dele conseguir voltar e jogar tudo normal é muito, muito boa. É só ajustar o hormônio, que geralmente vai bem.”

A especialista ainda explica que nem todo câncer é igual — e o de tireoide, em particular, pode ter um curso benigno, dependendo do tipo.

“Quando a gente fala em câncer, a gente acaba colocando todo mundo no mesmo saco — câncer, tudo igual — mas os cânceres são muito diferentes. O carcinoma papilífero, para você ter ideia, dependendo do tamanho dele, pode nem precisar de cirurgia.”

Ela conta ai que, em certos casos, especialmente quando os nódulos são pequenos e bem localizados, pode haver vigilância ativa, ou seja, acompanhamento médico sem intervenção imediata. Em outras situações, é possível optar por tratamentos minimamente invasivos, como a ablação. E quando a cirurgia é indicada, muitas vezes ela é parcial — retirando apenas parte da tireoide —, o que facilita a recuperação.

No caso de Everton, contudo, a cirurgia foi total, segundo relatado pelo meia e por veículos de imprensa. Quando a tireoide é removida completamente, é necessário fazer reposição hormonal dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), já que a glândula não está mais presente para produzi-los.

De todo modo, a dra. reitera que cada caso pode variar e apresentar diferentes conjunturas: “Quando a gente trata de câncer, não pode generalizar. O tipo, o tamanho da lesão, a saúde geral do paciente, a idade, tudo isso entra na conta.”

Everton Ribeiro já informou que não precisará de tratamento adicional após a cirurgia. O atleta também já retornou aos treinos e entrou na última partida do Bahia.

Dra. Carolina Ferraz no Aratu 24 Horas

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