Ao discutir SAF no Bahia, Bellintani diz que projeto será avaliado pela torcida; "Não estamos atrás de um cheque"
Segundo o presidente, no prazo de 10 à 15 dias, as discussões devem ser levadas à comissão do Conselho Deliberativo que está responsável pelo tema. Em seguida, aberta ao conselho de sócios.
Durante a apresentação de Eduardo Freeland, novo diretor de futebol do Bahia, nesta quinta-feira (9/3), o presidente do clube, Guilherme Bellintani, dentre outros assuntos, abordou uma das questões que tem despertado a euforia da torcida tricolor: a Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
"Eu e Vitor buscamos desenhar o melhor projeto possível para uma SAF no Bahia, para que na hora que o sócio ou o conselheiro estudem esse tema, eles não comparem se é melhor manter-se como associação ou uma SAF ruim. Tem que ser o melhor projeto possível para o Bahia. Eu vou escolher isso ou manter-me como associação. Essa é a grande discussão de qualidade que poucos clubes estão fazendo no futebol brasileiro", falou Bellintani.
"O Bahia não está no mercado atrás de um cheque. Estamos atrás de um projeto. As discussões da SAF no futebol brasileiro estão: "Tal grupo vai investir 700 milhões, 800 milhões, 1 bilhão". Isso não está no centro da nossa pauta. O centro da nossa pauta é: qual é o projeto que nós queremos colocar para o sócio e a sócia, para o conselheiro e a conselheira analisarem”, acrescentou o presidente.
Apesar de não apontar nomes de interessados, de acordo com especulações da imprensa esportiva, o principal interessado na aquisição de uma eventual SAF do Bahia é o Grupo City, dono do Manchester City, da Inglaterra, e diversas agremiações em vários países, como Estados Unidos e Uruguai.
"O projeto está sendo muito bem discutido num nível altíssimo. É uma coisa de envolvimento muito grande nesse momento e eu diria que estamos razoavelmente próximos de colocar essa discussão em debate”, sinalizou.
Ainda segundo Bellintani, no prazo de 10 à 15 dias, essa discussão seja colocada em prática de maneira mais concreta e que a decisão não cabe à figura do presidente. “Repito, o Bahia fazer SAF ou não, é o torcedor que vai decidir. Não é Bellintani, eu não tenho poder para isso. Eu e Vitor estamos trabalhando na construção do melhor projeto possível para avaliação do torcedor”, concluiu.
Segundo informações do jornalista Rodrigo Mattos, do Uol, o atual campeão brasileiro, Atlético-MG, foi procurado pelo Grupo City e recebeu uma oferta de R$ 1 bilhão por 51% das ações do clube, mas que foi rejeitada pelos mecenas do clube, que acharam que o valor deveria ser o dobro.
O Grupo City não fez comentários sobre as conversações no Brasil.
SAF NO BRASIL
O tema tem causado certo furor no Brasil desde que os times Botafogo e Cruzeiro foram vendidos para o americano John Textor e o ex-jogador Ronaldo, respectivamente. O Vasco é outro que segue o mesmo caminho e assinou contrato não vinculante com a empresa 777 Partners. A venda depende agora da aprovação dos sócios.
No início de fevereiro, a notícia de que o grupo que gere o time inglês Manchester City estaria interessado no Esquadrão de Aço gerou burburinho nas redes sociais. Existe a suposição, inclusive, de que o valor seria algo entre 450 e 600 milhões de reais, o que tornaria esse o maior investimento em um clube do Brasil.
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