O que é 'volcel'? Rosalía revela estar vivendo 'celibato voluntário'

A cantora espanhola Rosalía revelou que está vivendo um período de 'celibato voluntário', também chamado de 'volcel'

Por Da redação.

A cantora espanhola Rosalía revelou que está vivendo um período de abstinência sexual voluntária. Em entrevista ao podcast Radio Noia, da Radio Primavera Sound, a cantora explicou que a decisão é consciente e alinhada a uma fase pessoal. Em inglês, a prática é conhecida como volcel, abreviação de voluntary celibate — celibatário por escolha.

A declaração surgiu após a apresentadora Mar Valverdú perguntar quem seria a “paixão platônica” da artista. Rosalía respondeu: “Quero deixar claro que não dou mais espaço a paixões platônicas, essa fantasia, essa ilusão que não leva a lugar nenhum. Acabou. Eu, neste momento, estou solteira, volcel”, afirmou.

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A cantora espanhola Rosalía revelou que está vivendo um período de 'celibato voluntário', também chamado de 'volcel'. | Foto: Redes Sociais

Discreta sobre a vida amorosa, a cantora costuma manter relacionamentos fora do foco público. O romance com a atriz Hunter Schafer, da série Euphoria, por exemplo, só se tornou público cinco anos após o término, em 2024. À Elle, Rosalía disse não sentir pressão para expor sua intimidade: “Não, eu não me pressiono. Penso em liberdade. É isso que me guia.”

A artista afirmou ainda que sua vida amorosa ficará em segundo plano e pediu que o público evite especulações. “Se me virem com um homem na rua, um homem másculo, não presumam que ele seja meu novo namorado. Entenderam? Não tenho tempo para namorados”, disse, em tom de brincadeira.

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Em inglês, a prática é conhecida como volcel, abreviação de voluntary celibate. | Foto: Redes Sociais

A entrevista mencionou também dados do Instituto Kinsey, que ouviu 2 mil adultos solteiros. Mais de 18% dos participantes relataram viver celibato involuntário, com predominância feminina. O estudo indica que mulheres tendem a optar pelo celibato voluntário, enquanto homens são mais propensos ao involuntário.

Sexo e depressão

Pesquisadores das universidades de Shenzhen e Shantou, na China, identificaram uma possível relação entre a frequência sexual e o bem-estar psicológico. O estudo, publicado no Journal of Affective Disorders — revista científica da Sociedade Internacional de Transtornos Afetivos —, indica que fazer sexo uma ou duas vezes por semana pode estar associado a menor risco de depressão.

A pesquisa analisou dados de 15.794 adultos norte-americanos, com idades entre 20 e 59 anos. Os cientistas cruzaram informações sobre a frequência sexual autorrelatada e a incidência de sintomas depressivos, que afetam, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas no mundo. De acordo com os resultados, os participantes que mantinham relações sexuais uma ou duas vezes por semana apresentaram maiores efeitos protetores sobre o bem-estar psicológico.

Os autores destacam que a atividade sexual pode funcionar como um “termômetro biopsicossocial”, refletindo aspectos físicos, emocionais e relacionais. Para o psiquiatra Daniel Mori, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), é importante que profissionais de saúde incluam o tema nas consultas. “Vale a pena incluir saúde sexual na avaliação médica e psicológica, algo que ainda é pouco perguntado no consultório”, afirma.

A ginecologista e obstetra Aline Ambrósio, especialista em sexualidade humana do Hospital Israelita Albert Einstein, ressalta que a atividade sexual pode favorecer o equilíbrio emocional. “Ocorre a liberação de neurotransmissores benéficos, como ocitocina, dopamina e serotonina, além de endocanabinoides, substâncias cruciais para a regulação do humor”, explica.

Segundo a médica, não há uma frequência ideal para todos. “A individualização é fundamental, considerando contexto, desejo e satisfação de cada pessoa ou casal”, diz Ambrósio.

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