Falta de sexo não é principal motivo para fins de relacionamentos; entenda
Mais do que sexo, o que pode manter um relacionamento saudável é algo muitas vezes negligenciado
Por Da Redação.
Mais do que sexo ou jantares românticos, o que pode manter um relacionamento saudável e duradouro é algo muitas vezes negligenciado: o beijo. Especialistas em sexualidade afirmam que a falta de contato labial pode ser um dos primeiros sinais de distanciamento emocional entre casais — e, em casos extremos, pode até levar ao fim da relação.
Mariah Freya, educadora sexual e cofundadora da plataforma de educação sexual Beducated, que realizou a pesquisa, destaca o beijo como uma das ferramentas mais poderosas — e subestimadas — da vida a dois. “O beijo é a ferramenta de relacionamento mais subestimada. Os casais ficam obcecados com as noites de encontro, se estão fazendo sexo 'o suficiente' e com as técnicas de comunicação, mas estão se esquecendo da única coisa que realmente determina se permanecerão felizes juntos”, afirma.
+ Quem trai mais, o homem ou a mulher? Veja o que diz pesquisa
+ Seres humanos são naturalmente monogâmicos? Ciência explica
Segundo Freya, casais que se beijam com frequência — e com intensidade, não apenas selinhos — tendem a ter menos conflitos, maior desejo por intimidade e melhor conexão emocional. “Algo mágico acontece quando paramos de nos beijar de forma mecânica e realmente nos concentramos nisso, mesmo que seja por alguns segundos a mais. É quando seu cérebro muda do 'modo saudação' para o 'modo conexão'. Seu parceiro literalmente se torna mais atraente para você”, explica.
Estudos reforçam essa percepção. Uma pesquisa de 2019 mostrou que a frequência dos beijos é um forte indicador de satisfação sexual e relacional: quanto mais os casais se beijam, mais felizes relatam estar. Além disso, o ato de beijar pode reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade geral do relacionamento.
+ Pesquisa aponta que 38% da geração Z gostaria de ter sala para sexo no trabalho
Por outro lado, o afastamento físico e emocional pode começar pela boca. Um levantamento de 2011 revelou que um em cada cinco casais pode passar uma semana inteira sem se beijar. Entre os casados, dois em cada cinco trocam beijos por apenas cinco segundos ou menos. A pesquisa também indicou que os jovens de 18 a 24 anos se beijam, em média, 11 vezes por semana. Já entre pessoas com mais de 45 anos, 5% superam a marca de 31 beijos semanais.
A ausência do beijo é mais do que a falta de contato físico: sinaliza a perda de uma linguagem emocional comum entre o casal. Isso pode indicar queda na intimidade, falhas na comunicação e até baixa autoestima.
Freya lembra que o beijo ativa um verdadeiro coquetel químico no cérebro, incluindo ocitocina, dopamina e serotonina — hormônios que aumentam o bem-estar, reforçam a atração e ajudam a manter o amor vivo.
Em tempos em que o ritmo da vida pode engolir os gestos simples, o conselho dos especialistas é direto: beije mais. É um gesto pequeno, mas com grande impacto.
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).