Dia Mundial do Livro destaca queda do hábito de leitura no Brasil

Comemorado em 23 de abril, o Dia Mundial do Livro tem como objetivo promover a leitura e homenagear autores que marcaram a literatura mundial. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) por seu simbolismo: marca a morte de três grandes escritores — William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega.

Em 2025, a celebração ganha um significado especial para o Brasil. O Rio de Janeiro foi escolhido pela Unesco como Capital Mundial do Livro, tornando-se o centro global das ações voltadas à promoção da leitura. A cidade é responsável por liderar projetos que reforçam a importância dos livros como ferramenta para a alfabetização, a educação e a erradicação da pobreza.

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Apesar da homenagem, os indicadores de leitura no Brasil preocupam. De acordo com pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Livrarias em abril, 60% da população declarou não ter o hábito de ler. Além disso, 40% dos entrevistados afirmaram ter perdido o interesse pela leitura ao longo dos anos.

A crise no setor é visível também no fechamento de livrarias. Segundo o levantamento, uma livraria encerra atividades a cada três dias no país. Nos últimos dez anos, 30% das lojas deixaram de funcionar. Atualmente, o Brasil conta com cerca de 2,2 mil livrarias, número inferior às mais de 3 mil registradas anteriormente.

“Os livros são veículos vitais para acessar, transmitir e promover a educação, a ciência, a cultura e a informação em todo o mundo. Graças aos livros, nos mantemos informados, entretidos e somos capazes de entender melhor nosso mundo”, destacou a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.