BTCA leva espetáculos para “Natal Encantado” de Feira de Santana

O Balé Teatro Castro Alves (BTCA) é uma das atrações do ?Natal Encantado?? da cidade de Feira de Santana (BA), com apresentação de dois espetáculos gratuitos na Praça da Matriz, às 19h: na sexta-feira, 19 de dezembro, o BTCA sobe ao palco com o novíssimo ?Agô Arerê! Por Favor Não Aperte o Mamão?,com direção coreográfica do mineiro Tuca Pinheiro, em parceria com a dramaturga Carmen Paternostro. Já no domingo, 21 de dezembro, será a vez da montagem ?…Ou Isso?, sucesso do atual repertório da Cia. baiana, com coreografia de Jomar Mesquita e Rodrigo de Castro, e direção artística de Jorge Vermelho. Durante o ?Natal Encantado?, Feira de Santana se transforma num grande palco para espetáculos culturais e artísticos, com mais de 150 atrações em 14 dias de festa.

O mais novo projeto coreográfico do BTCA, ?Agô Arêrê! Por Favor, Não Aperte o Mamão? retrata a cidade de Salvador, suas belezas, contradições, clichês e o seu povo. O projeto se inspira livremente na visão do cantor e compositor Dorival Caymmi (1994-2008) e do artista visual Miguel Rio Branco (1946). Tuca Pinheiro explica que o título do espetáculo está associado ao seu olhar diante da cidade, em especial à Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa: ?Foi amor à primeira vista! Cheiros, sons, imagens. E foi lá que vi, numa barraca de frutas, escrito num pedaço de papelão: ?Por favor, não aperte o mamão!?. Estava ali o primeiro indicativo: não fale daquilo que você não tem conhecimento! Uma advertência aos pré-conceitos?. A trilha sonora foi criada pelo compositor Gerônimo Santana.

Por sua vez, ?…Ou Isso? é uma montagem concebida em 2012 especialmente para o BTCA,  inspirada na obra do escritor matogrossense “esticador de horizontes”Manoel de Barros (1916-2014), um dos principais poetas contemporâneos brasileiros, nascido em 1916 e que faleceu no último dia 13 de novembro. Exercitando o corpo, a alma e o coração, o BTCA sugere neste espetáculo outras possibilidades de enxergar o mundo, de ver as coisas, transpondo sentidos, com um olhar ingênuo, lúdico, quase infantil, mas, ao mesmo tempo, astuto e sincero. Para falar dessa ?reinvenção?, os bailarinos recorrem à tradição da dança de salão. O BTCA é mantido pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA) através da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e do Teatro Castro Alves.