VÍDEO: antes de ser preso, Tchaca disse que Judiciário tentou extorqui-lo
Alexandre Tchaca disse, em vídeo, que, desde novembro do ano passado, vem sendo vítima de 'tentativa de extorsão'
Por Da Redação.
Pouco antes de ser preso na manhã desta quarta-feira (9), o soldado da Polícia Militar (PM) Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, disse, em vídeo, que, desde novembro do ano passado, vem sendo vítima de "tentativa de extorsão de algumas pessoas do judiciário baiano".
"Recebi uma lista de policiais que, teoricamente, serão presos, ou haverá busca e apreensão em sua residência e, nessa lista, consta o meu nome. Daí, 'começou-se' a pedir valores, um valor de R$ 80 mil por cada policial para que não houvesse prisão, só busca e apreensão. [...] Não vou pagar valor nenhum. Primeiro, porque não tenho, segundo, porque não cometi nenhum tipo de crime, nenhum tipo de ilícito", acusou.
No vídeo, o soldado diz que está sendo investigado por receber um Pix do rifeiro e influenciador digital Ramhon Dias, também preso na manhã de hoje pela Operação Falsas Promessas 2. "Entendo que, se há o que averiguar, deveria ser chamado para ser ouvido, e não montar uma mega operação, tentar manchar, sujar a imagem, haja vista meu posicionamento político, então, viro meio que um alvo", afirmou ele.
"Se eu for preso, é porque não paguei", acrescentou.
Questionado pelo Aratu On sobre as denúncias, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que a corte não se se manifesta sobre processos que correm em segredo de Justiça. Veja o vídeo de Tchaca na íntegra:
Operação Falsas Promessas
Cinco policiais militares, entre eles, o soldado Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, foram presos na manhã desta quarta-feira (9) durante a Operação Falsas Promessas 2, deflagrada pela Polícia Civil.
A operação visa desarticular uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro proveniente de rifas ilegais. Até o momento, a operação já resultou na prisão de 22 pessoas, incluindo o rifeiro Nanan Produções e a companheira.
Segundo as investigações, o grupo utilizava redes sociais para promover rifas de alto valor, com resultados manipulados para beneficiar membros da organização. Empresas de fachada e laranjas eram usadas para ocultar a origem do dinheiro ilícito.
As investigações apontam que policiais militares da ativa e ex-PMs faziam parte do esquema, oferecendo proteção, fornecendo informações privilegiadas e, em alguns casos, atuando diretamente como operadores das rifas fraudulentas.
Durante as diligências, ainda em andamento, foram apreendidos veículos de luxo, relógios, dinheiro, celulares e notebooks. O Poder Judiciário autorizou o sequestro de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado, somando um bloqueio total de R$ 680 milhões em bens e valores.
A operação é coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), com apoio das principais unidades táticas da Polícia Civil, além do acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar, responsável pela apuração disciplinar dos agentes públicos envolvidos.
Primeira prisão de Tchaca
Em maio do ano passado, a PM da Bahia aplicou a sanção de prisão militar a Alexandre Tchaca e ao sargento Ivan Leite, conforme decisão a partir de um Processo Administrativo Disciplinar.
Segundo apurado pelo Aratu On, a punição de Tchaca foi devido a suposta postagem de um card, que, segundo o policial, ele não postou, não repostou e não veiculou em lugar algum. Na época, Tchaca era pré-candidato a vereador de Salvador pelo PSDB.
O encarregado do julgamento, no relatório, concluiu pela responsabilização de Ivan, diante da conduta praticada, e o arquivamento do caso de Tchaca. No entanto, o comandante-geral da PM da época, coronel Paulo Coutinho, contrariou o relator e determinou a prisão do soldado.
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