TJ volta a pedir prisão de empresário suspeito de homicídios em ferro-velho
Marcelo Batista da Silva, dono do ferro-velho em que as vítimas trabalhavam, está foragido
Por Da Redação.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou, mais uma vez, a prisão preventiva do empresário Marcelo Batista da Silva, suspeito de ser o mandante do assassinato de dois funcionários em um ferro-velho localizado no bairro de Pirajá, em Salvador. O mandado foi assinado no último dia 1º de abril pelo juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira.
Segundo a Polícia Civil, as vítimas, Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matuzalem Lima Muniz, foram mortas em novembro de 2024. Até o momento, os corpos das vítimas não foram encontrados.
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Marcelo Batista é proprietário da empresa Prometais, onde os crimes teriam ocorrido. Desde que o caso ganhou repercussão nacional, ele não foi mais visto. Informações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que o empresário pode estar fora do país.
No início de março, o mesmo juiz havia revogado um mandado de prisão anterior contra o investigado. Na ocasião, alegou: "Inexistem nos autos elementos demonstrativos da necessidade de se manter a prisão processual dos indiciados, estando claro que não pretendem eles furtar-se à aplicação da lei penal, vez que possuem endereço conhecido, podendo ser localizados a qualquer momento para a prática dos atos processuais".
Relembre o crime
O desaparecimento das vítimas foi comunicado ao Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em 4 de novembro. Quatro dias depois, a Justiça autorizou buscas nos imóveis ligados ao empresário. Marcelo morava em um apartamento duplex em um condomínio de luxo no bairro de Pituaçum em Salvador. A Prometais, empresa de sua propriedade, funciona em Pirajá. Em ambos os locais, a polícia encontrou indícios de fuga e ocultação de provas.
No ferro-velho, policiais localizaram vestígios de sangue em um recipiente de lixo. O sistema de segurança do imóvel, que contava com mais de 50 câmeras, já havia sido totalmente destruído. “Cabe destacar que praticamente todo o monitoramento foi inutilizado, e possivelmente continha imagens da TORTURA e EXECUÇÃO das vítimas”, destacaram os investigadores em relatório.
Além de Marcelo Batista, também são alvos da investigação o policial militar Marcelo Durão Costa, seu irmão Clóvis Antônio Santana Durão Júnior, o também PM Josué Xavier e um funcionário do ferro-velho identificado como "Cabecinha".
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