PM determina prisão de 'soldado influencer' por postagem 'equivocada' em rede social
Lotada na Companhia de Proteção Ambiental de Porto Seguro, ela estaria respondendo a um Processo Disciplinar.
Uma soldado da Polícia Militar e influenciadora digital, identificada como Alba Valéria Pereira de Mattos, foi condenada a prisão administrativa por 30 dias.
Lotada na Companhia de Proteção Ambiental de Porto Seguro, Alba, segundo apuração do Portal Casé, estava respondendo a um Processo Disciplinar Sumário (PDS) por realizar postagens no Instagram, "demonstrando a utilização de fardamento e acessórios da corporação de uma forma equivocada".
Foto: Redes Sociais
Questionada sobre a situação, pela reportagem do Aratu On, a PM informou que a referida militar foi sancionada após apuração conduzida pela Corregedoria da corporação.
Ainda de acordo com apuração do Portal Casé, um capitão foi o responsável pelas investigações. Ele teria entendido que a soldado - que tem mais de 49 mil seguidores no Instagram - usou as imagens da PM em desacordo com os requisitos "estabelecidos na portaria que regula tais comportamentos". A punição, assinada pelo comandante-geral, coronel Paulo Coutinho, deve ser cumprida na própria sede da COPPA.
O Portal acrescentou que Alba, no decorrer do processo, explicou que trabalhava na Base Comunitária de Segurança de Monte Cristo/Itabuna e entendeu que divulgava ações da unidade por meio do Instagram a pedido de superiores. Oficiais ouvidos teriam confirmado essa situação.
Em seu perfil da rede social, a militar fez um desabafo. Confira:
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Outros quatro casos semelhantes chamaram atenção nos últimos meses. Os de maior repercussão, até aqui, envolveram as punições aplicadas contra o soldado Alexandre Tchaca e o sargento Ivan Leite, confirmadas a partir de um Processo Administrativo Disciplinar.
Segundo apurado pelo Aratu On, a punição de Tchaca se deu devido a suposta postagem de um card que, segundo o policial, ele não postou, não repostou e não veiculou em lugar algum. Tchaca é pré-candidato a vereador de Salvador.
Já Ivan foi condenado a cumprir 15 dias de detenção, também por conta de seu comportamento nas redes sociais. A postagem de um card teria sido o motivo central da medida.
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A defesa de Ivan argumentou que ele compartilhou o cartão publicitário por considerá-lo relevante para a categoria, sem intenção de má-fé. Destacou desconhecer os criadores do material e enfatizou que a imagem já era pública em sua rede social e questionou a solidez das provas.
No mês passado, a influenciadora digital e policial Flora Thais Machado do Nascimento, do Batalhão de Polícia Rodoviária, deve cumprir pena de 30 dias de prisão no próprio batalhão. Ela foi condenada por questões relacionadas à sua influência nas mídias sociais e por, supostamente, estar utilizando a instituição e sua posição no militarismo para se promover, fazer propagandas e ganhar notoriedade.
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Caso semelhante envolveu o policial militar e influenciador Clézio Santana Lins, lotado na 59ª Companhia Independente (CIPM/Vila de Abrantes), também foi sentenciado para cumprir uma prisão administrativa por comportamento indevido nas redes pela Polícia Militar da Bahia.
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