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Ponte entrará no PAC se governo resolver impasse com empresas chinesas, garante Marcus Cavalcanti

Segundo Cavalcanti, ex-secretário de Infraestrutura de Rui Costa (PT), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) indicou que deu prazos para que a concessionária cumpra as contrapartidas estipuladas em contrato

Por Matheus Caldas

Ponte entrará no PAC se governo resolver impasse com empresas chinesas, garante Marcus CavalcantiLinha de Frente
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Um dos principais projetos de infraestrutura dos últimos governos da Bahia, a Ponte Salvador-Itaparica não foi incluída no Novo PAC por conta do impasse entre a atual gestão estadual e o consórcio formado pelas empresas China Railway 20th Bureau Group Corporation (CRCC20) e China Communications ConstructionCompany (CCCC).
Segundo o secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência da República, Marcus Cavalcanti, a resolução do imbróglio fará com que o projeto seja adicionado ao novo Programa de Aceleração do Crescimento.
“Veja a responsabilidade do PAC: mesmo aqui na Bahia, uma obra que licitei como secretário, não pode entrar no PAC, porque há uma disputa entre o estado e o concessionário. Quando isso se resolver, entra”, disse Cavalcanti, entrevistado desta terça-feira (19/9), do programa Linha de Frente.
De acordo com o secretário, que comandou a pasta da Infraestrutura (Seinfra) durante os oito anos de Rui Costa (PT), à frente da gestão estadual, o governador Jerônimo Rodrigues indicou que deu prazos para que a concessionária cumpra as contrapartidas estipuladas em contrato. “Senão ele vai distratar e fazer um novo processo licitatório”, contou. Ele ainda estima que, até novembro, o processo tenha avanços.
No fim de agosto, Jerônimo pressionou as empresas a cumprirem as obrigações contratuais. “Assim que tivermos as respostas, podemos definir o prazo. Se tiver algum empecilho que a gente perceba que vai demorar muito, podem ter certeza que tomarei a decisão de distratar e fazer um novo processo de licitação”, sentenciou.
O custo da obra é o ponto crucial destacado pelo governador para o impasse. Segundo ele, o preço inicial, estimado em R$ 6 bilhões, pode chegar a mais de R$ 13 bilhões. Isto se deve, principalmente, ao aumento no preço dos insumos, promovido pela crise global gerada pela pandemia da Covid-19.
Mesmo sem os principais serviços iniciados, a ponte já custou aos cofres públicos estaduais mais de R$ 316 milhões, como aponta levantamento exclusivo feito pelo Aratu On. 
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