Marinheiro morto durante assalto em pizzaria achou que ação era brincadeira e acabou baleado na frente dos pais; assista

Cinco dias depois do crime, foi aberto nesta terça-feira (8/3) o inquérito para investigar o assassinato do marinheiro Carlos Henrique, morto no último dia 3, em uma pizzaria no município de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. A cena foi presenciada pelos pais e uma tia da vítima.

Nesta terça, em entrevista ao repórter Ramon Lisbôa, da TV Aratu, a irmã do rapaz, Carla, deu detalhes do ocorrido. Segundo ela, Carlos comemorava uma promoção no trabalho e não entendeu o assalto, de imediato, achando que tudo não passava de uma brincadeira. 

"Meu irmão saiu pra comemorar uma promoção do seu emprego, uma promoção dos sonhos, que ele almejava, e, de repente, ele entra com vida e sai sem vida, na frente dos pais. Um filho caçula, que era brilhante, era fantástico, amoroso... melhor tio, melhor irmão, melhor filho, melhor sobrinho, melhor ser humano do mundo", iniciou.

"Naquele dia, ele estava comemorando, estavam ela, meus pais, minha tia (são três idosos)... e eles resolveram ficar num lugar bem próximo do estacionamento, que é bem distante da entrada de pedestres, e foi onde os assaltantes entraram. Provavelmente, devem ter dado voz de assalto lá atrás, porque, na mesa deles, só falaram: 'estou recolhendo os celulares', e eles pensaram que era algum tipo de brincadeira. [...]", disse Carla. 

"Eles [vítima e familiares] não entenderam de imediato, e quando os [criminosos] terminaram de recolher - quatro celulares -, simplesmente meu irmão levantou e fez assim: 'não... que brincadeira é essa. Parou a brincadeira', aí foi que ele recebeu um tiro que a gente não sabe de onde veio, e ele caiu no chão, na frente dos meus pais", detalhou.

A irmã afirmou, ainda, que a pizzaria não deu nenhum tipo de apoio naquele momento. "Minha mãe teve que sair correndo, na rua, pedindo ajuda aos transeuntes. Foi um absurdo!", disse, informando ainda que a mãe está acamada, revoltada, e pensando em "encerrar a própria vida". "Ela só fala em suicídio. Só fala 'acabou, acabou... tiraram meu tesouro', e a revolta grande. A cada minuto que passa é uma mistura de revolta, tristeza e luto", completou.

VEJA A REPORTAGEM NA ÍNTEGRA:

O CASO

Carlos morreu na noite do dia 3 de março, após ser baleado, por volta das 19h50, durante um assalto ao estabelecimento. Segundo informações da Polícia Civil, dois homens entraram no local e roubaram pertences de clientes e funcionários, quando um dos assaltantes fez o disparo.

Policiais militares da 52ª Companhia Independente (CIPM/Lauro de Freitas) estiveram no estabelecimento e encontraram a vítima sendo atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou o óbito.

O caso é investigado pela 23ª Delegacia Territorial (DT/Lauro de Freitas).

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