Guarda morto na Polêmica pode ter sido confundido com ladrão, dizem testemunhas; vítima já tinha sido presa por homicídio
Marcos Cardoso dos Santos, de 39 anos, foi executado enquanto pilotava uma motocicleta. O caso está sendo apurado pela Polícia Civil.
leitor/Aratu OnO guarda municipal Marcos Cardoso dos Santos, de 39 anos, pode ter sido confundido com um ladrão ao ser executado na localidade da Polêmica, no bairro de Brotas, em Salvador, na manhã desta quinta-feira (22/4). A informação foi passada ao Aratu On por testemunhas que, por medo, preferem o anonimato.
O caso aconteceu por volta das 11h. Quem presenciou tudo conta que traficantes da região estavam procurando por suspeitos de assalto na área. Um deles, então, viu Marcos a bordo de uma motocicleta e o abordou. Ao ver uma suposta arma do servidor público, o criminoso disparou dez vezes.
A comandante da 26ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Brotas), major Patrícia Barbosa, não confirmou a informação. A oficial apenas disse que viaturas da unidade foram deslocadas para atender ao chamado, via Centro Integrado de Comunicação (Cicom).
O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que deve ouvir familiares e amigos de Marcos Cardoso. Ele estava na corporação há 12 anos e seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Salvador.
PRISÃO
A Polícia Civil também pode trabalhar com a hipótese de execução provocada por vingança. É que Marcos, em 2017, foi preso suspeito de matar Pedro Santos Neves, então com 26 anos, no dia 4 de setembro daquele ano, em Cosme de Farias.
Na época, o delegado Charlton Fraga apurou que a vítima já tinha sido ameaçada de morte pelo guarda, pois havia testemunhado contra ele em uma audiência criminal, na qual respondia pelo assassinato de Carlos de Jesus Lopes Almeida, ocorrido em 2012. Na ocasião, Pedro precisou sair escoltado do fórum.
Pedro foi morto a tiros, na Ladeira do Sossego, quando estava na porta de casa com os irmãos. Eles foram abordados por dois homens.
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