Bruno Reis avalia gratuidade nos ônibus para idosos a partir de 60 anos

Prefeito admitiu, no entanto, ser difícil sancionar gratuidade para idosos a partir de 60 anos em função da logística financeira que medida necessitaria

Por Matheus Caldas.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), disse que avaliará o projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores, em dezembro de 2024, que permite gratuidade na tarifa de ônibus a pessoas a partir de 60 anos – atualmente, o benefício é válido a partir dos 65.

O gestor afirmou, no entanto, ser difícil sancionar o projeto em função da logística financeira que a medida necessitaria. “É um projeto complexo que precisa, à medida que a indicação chegue, ser analisado, mas de antemão posso antecipar que não é fácil a sua implementação diante da crise que vive o transporte público, não só em Salvador, mas em todo o Brasil”, explicou, em entrevista ao Aratu On.

Segundo Bruno Reis, caso gratuidade na tarifa do ônibus para idosos a partir de 60 anos seja sancionada, os custos precisariam ser diluídos na tarifa para os demais usuários do sistema.

Ele reitera, ainda, que a prefeitura de Salvador se baseia no Estatuto da Pessoa Idosa, lei federal que determina gratuidade no transporte público para idosos a partir de 65 anos.

O prefeito também argumenta que é possível que Salvador tenha dificuldade para conseguir subsídios federais para o transporte público caso a nova faixa de gratuidade seja implementada.

“Em 2023, pela primeira vez na história, conseguimos um apoio mesmo pontual do subsídio e era com base no benefício da gratuidade para os idosos a partir de 65 anos. Então, reduzindo para 60, é possível ter esse benefício? Creio que não”, ponderou.

Veja entrevista com Bruno Reis

Gratuidade para idosos a partir de 60 anos nos ônibus

O projeto foi apresentado, no âmbito da Câmara de Salvador, pelo vereador George Gordinho da Favela (PP), e teve a aprovação formalizada, em plenário, no dia 17 de dezembro. Desde então, aguarda sanção do prefeito.

Câmara analisa subsídio para transporte público

No bojo do que classifica como crise do transporte público em Salvador, Bruno Reis enviou ao Legislativo um pedido de subsídio para o sistema. O texto foi criticado pela oposição pela falta de valor específico para o benefício. 

Além do subsídio, a líder da oposição, Aladilce Souza (PCdoB), criticou dois pedidos de empréstimos feito pela prefeitura. “O que chama atenção é que um deles é para pagar outro empréstimo. A prefeitura e o governo podem tomar empréstimo. É normal. Só que, em geral, é para algum programa específico, como, por exemplo, para financiar determinado equipamento para ajudar a cidade. Mas aqui não tem um programa específico”, explicou, em entrevista ao Aratu On.

Ela reforçou que, embora não seja contra a tomada de empréstimos, é necessário que haja justificativa clara. “Quando um ente público faz um empréstimo, tem que ter uma finalidade, um programa. Neste caso, não dá. É para alimentar o município para não ter déficit fiscal. Não somos contra empréstimo, mas tem que estar muito justificado para não ser um cheque em branco”, concluiu.

Idosos a partir de 60 anos podem ter gratuidade nos ônibus | Foto: Jefferson Peixoto/Secom

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