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Doenças ginecológicas sempre surgem no verão; veja como evitá-las

Algumas das doenças mais comuns são a candidíase, a tricomoníase, a vaginose bacteriana e a infecção urinária

Por Flávia Alexandre

Doenças ginecológicas sempre surgem no verão; veja como evitá-las  ilustrativa/ Pexels

Sol, calor, suor, umidade, praia, piscina e biquíni molhado por períodos prolongados. Essa é a combinação perfeita para o verão, que chegou com tudo! No entanto, o que muitas mulheres não sabem, é que esta também é uma ótima combinação para a proliferação de bactérias e fungos na região genital feminina. Algumas das doenças mais comuns são a candidíase, a tricomoníase, a vaginose bacteriana e a infecção urinária.


Roupas que não permitem uma boa ventilação e hidratação da área íntima e o uso de peças íntimas com tecidos que sejam sintéticos também são favoráveis para o aparecimento dessas doenças. A ginecologista Ana Gabriela Travassos explica que algumas dessas infecções causam sintomas que incomodam, como ardência, coceira, vermelhidão e corrimentos.


"A Cândida é um fungo que pode habitar o nosso corpo e, ao aumentar de maneira desordenada, ocasiona a candidíase, que apresenta prurido e corrimento vulvovaginal. A candidíase é mais frequente no Verão devido à umidade, suor e mudança de pH vaginal pelos banhos de mar e piscina", comenta a ginecologista


Além de serem comuns, algumas patologias tendem a aparecer com maior frequência em algumas pessoas. "Pode aparecer de forma recorrente e persistente, mais frequentes em mulheres com alterações de imunidade mediada por células. É o que ocorre, por exemplo, em pessoas em uso de imunossupressores, como corticoides, com diabetes descompensada ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids)", completa.


Como já foi apurado pelo Aratu On, no verão, que é a estação mais quente do ano, estudos apontaram que os brasileiros acabam sentido mais tesão. Com isso, o número de relações sexuais desprotegidas aumenta, o que também acaba sendo favorável para o surgimento de casos de tricomoníase, uma infecção geniturinária causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis.


É a infecção sexualmente transmissível (IST) não viral mais comum no mundo, afetando mais as mulheres. "É uma das três causas infecciosas comuns de queixas vaginais entre pacientes em idade reprodutiva. Caracteriza-se por secreção purulenta e fétida, que pode ser acompanhada de queimação, prurido, dor ao urinar e na relação sexual", esclarece Ana Gabriela Travassos.


A infecção urinária não fica para trás nesse cenário. Além disso, este já é um problema frequente em mulheres, causado por bactérias que normalmente habitam o trato intestinal. "Geralmente a responsável é a bactéria Escherichia coli, presente no intestino e importante para a digestão, mas patogênica para o aparelho urinário. É mais comum em mulheres pelas características anatômicas, uma vez que a uretra da mulher, além de muito mais curta do que a do homem, está mais próxima do ânus, favorecendo a passagem de micro-organismos para a região", esclarece a ginecologista.


Apesar da gama de doenças que podem aparecer, existem algumas medidas simples que podem ajudar a curtir o verão sem os incômodos. Veja a lista de dicas separadas pelas especialistas Ana Gabriela Travassos e Patrícia Lopes. 


LISTA DE DICAS: 



  • Manter a área íntima seca e arejada o máximo de tempo possível;

  • Evitar ficar longos períodos com roupa de banho molhada (maiô ou biquíni);

  • Usar roupas frescas, folgadas e, de preferência, roupas íntimas de algodão;

  • Usar preservativo nas relações sexuais;

  • Lavar peças íntimas com sabonete neutro e evitar secá-las em espaços úmidos, como banheiros;

  • Evitar o uso de duchas vaginais;

  • No período menstrual, diminuir o intervalo de troca do absorvente;

  • Manter a atenção com a dieta, pois alimentos ricos em carboidrato, açúcar simples e bebidas fermentadas favorecem o crescimento de fungos;

  • Cuidar da higiene íntima;

  • Beber água e fazer exercícios físicos com regularidade;

  • A qualquer alteração, como corrimento ou coceira local, procurar um ginecologista. 


LEIA MAIS: Brasileiros sentem mais tesão no verão, diz pesquisa; fetiche por suor pode ser causa


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