“Sem entender por que a gente tá aqui”, diz Hytalo Santos em audiência

Audiência de custódia registrou declaração de Hytalo, que alegou desconhecer motivo para prisão

Por Lucas Pereira.

Presos desde a última quinta-feira (15) por exploração e exposição de adolescentes a conteúdos com conotação sexual, o influenciador Hytalo Santos e seu marido Israel Nata Vicente, conhecido como MC Euro, tiveram suas prisões mantidas em audiência de custódia no último sábado (17). Um vídeo da sessão foi divulgada em que o influencer afirma não saber a razão de estar detido.

Audiência de custódia registrou declaração de Hytalo, que alegou desconhecer motivo para prisão. Foto: Redes Sociais

“A gente tava aqui em São Paulo e aí a gente tava recebendo em números [mensagens], mais pela questão do que o povo tá falando na mídia, né? Porque a gente tá aqui sem nem entender porque tá aqui”, falou Hytalo.

A gravação divulgada pelo G1 mostra ainda outro trecho da audiência de custódia realizada por videoconferência com um juiz do Fórum de Osasco (SP), em que o advogado do casal questiona se o magistrado pode revogar a prisão preventiva, o que é negado pelo profissional.

Nesta terça-feira, uma decisão, assinada pelo ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou o pedido de liberdade do casal. A decisão ocorreu após o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) ter negado, na segunda-feira (18), o pedido de habeas corpus que buscava revogar a prisão. A defesa recorreu ao STJ, mas, segundo Schietti, não há razões para reverter a decisão do TJPB.

Nesta segunda-feira (18), os dois foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) I de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. A unidade tem capacidade para 521 presos, mas atualmente abriga 895 detentos, o que representa 374 a mais que o limite. As informações são do SBT News.

Investigação contra Hytalo Santos

Hytalo e o marido foram presos em Carapicuíba (SP). O influenciador é investigado pelo Ministério Público do Estado da Paraíba pelos crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil. As prisões foram determinadas pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, da Paraíba, sob ordem do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa.

Os promotores justificaram a prisão preventiva dos dois como forma de evitar a prática de novos crimes e impedir a destruição ou ocultação de provas, condutas que, segundo a acusação, já teriam ocorrido desde o início das investigações.

As investigações contra Hytalo começaram em 2024, após a denúncia de vizinhos de que as produções envolvendo crianças e adolescentes se estendiam até tarde e faziam muito barulho. Segundo o Ministério Público, "muitas dessas filmagens envolviam bebidas alcoólicas, além de cenas que tinham uma conotação sensual".

O caso ganhou repercussão nacional após vídeo viral do youtuber Felca, em que ele denunciou "adultização" infantil nas redes sociais. Com o debate, a Justiça também determinou a suspensão de todos os perfis de Hytalo, proibiu contato com menores citados nas investigações e ordenou a desmonetização de conteúdos.
 
Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em suas residências, recolhendo eletrônicos para análise pericial.

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