Hytalo Santos e marido têm prisão mantida pelo STJ por exploração de menores
Ministro Rogério Schietti Cruz afirma que “não há motivos” para reverter decisão do TJPB que negou habeas corpus a Hytalo Santos e marido
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira (19) o pedido de liberdade do influenciador Hytalo Santos e do marido, Israel Nata Vicente, conhecido como MC Euro. O casal é investigado por exploração e exposição de adolescentes a conteúdos com conotação sexual, e está preso desde a última sexta-feira (15).
A decisão, assinada pelo ministro Rogério Schietti Cruz, ocorre após o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) ter negado, na segunda-feira (18), o pedido de habeas corpus que buscava revogar a prisão. A defesa recorreu ao STJ, mas, segundo Schietti, não há razões para reverter a decisão do TJPB.
+ MC Euro: saiba quem é marido de Hytalo Santos preso por exploração sexual
O magistrado ressaltou que o decreto prisional indicou, de forma fundamentada, a existência de crimes graves, em especial a produção e divulgação de material audiovisual sexualizado envolvendo adolescentes.
Ainda na segunda-feira, o casal foi transferido da Cadeia Pública de Carapicuíba, na Grande São Paulo, para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. A Justiça da Paraíba havia determinado o envio do casal para o estado, mas, em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que ainda não havia recebido o pedido formal de transferência.
Investigação contra Hytalo Santos
Hytalo e o marido foram presos em Carapicuíba (SP). O influenciador é investigado pelo Ministério Público do Estado da Paraíba pelos crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil. As prisões foram determinadas pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, da Paraíba, sob ordem do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa.
Os promotores justificaram a prisão preventiva dos dois como forma de evitar a prática de novos crimes e impedir a destruição ou ocultação de provas, condutas que, segundo a acusação, já teriam ocorrido desde o início das investigações.
As investigações contra Hytalo começaram em 2024, após a denúncia de vizinhos de que as produções envolvendo crianças e adolescentes se estendiam até tarde e faziam muito barulho. Segundo o Ministério Público, "muitas dessas filmagens envolviam bebidas alcoólicas, além de cenas que tinham uma conotação sensual".
O caso ganhou repercussão nacional após vídeo viral do youtuber Felca, em que ele denunciou "adultização" infantil nas redes sociais. Com o debate, a Justiça também determinou a suspensão de todos os perfis de Hytalo, proibiu contato com menores citados nas investigações e ordenou a desmonetização de conteúdos.
Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em suas residências, recolhendo eletrônicos para análise pericial.
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).