Após audiência de custódia, Hytalo Santos e marido continuam presos

As investigações começaram em 2024, após denúncias de vizinhos de Hytalo Santos sobre barulho envolvendo crianças durante gravações

Por Bruna Castelo Branco.

A Justiça de São Paulo manteve, neste sábado (16), a prisão preventiva do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Natan Vicente. O casal passou por audiência de custódia virtual, realizada apenas para verificar a legalidade do ato de prisão.

O advogado da defesa informou que um novo pedido de habeas corpus foi protocolado na manhã deste sábado e que o julgamento ocorrerá na Paraíba. Ele afirmou ainda esperar que a decisão seja divulgada ainda hoje. A primeira solicitação havia sido negada devido ao horário em que foi apresentada.

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O Ministério Público da Paraíba acusa Hytalo e Israel de promover vídeos com exploração de crianças e adolescentes. | Foto: Redes Sociais

Os advogados criticaram a falta de acesso aos autos do processo, alegando que tiveram de elaborar o pedido com base em informações divulgadas pela imprensa.

Investigações

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) acusa Hytalo e Israel de promover vídeos e fotografias com exploração de crianças e adolescentes em um condomínio de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa.

Na denúncia, a promotora Ana Maria França Cavalcante de Oliveira, da 2ª Promotoria de Justiça de Bayeux, afirma que Hytalo praticava a chamada “adultização” de adolescentes, incentivando performances e comportamentos de caráter sexualizado como forma de engajamento digital e rentabilização econômica.

A prisão preventiva foi decretada na quinta-feira (14), com base no Estatuto da Criança e do Adolescente. | Foto: Redes Sociais

Segundo a acusação, os jovens menores de idade eram integrados a um grupo conhecido como “crias”, “filhas” e “genros”, que viviam sob tutela informal do influenciador. Além da produção de conteúdo, ele também oferecia apoio financeiro a alguns desses adolescentes e suas famílias.

A prisão preventiva foi decretada na quinta-feira (14), com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A promotoria justificou a medida como forma de evitar a prática de novos crimes e impedir a destruição ou ocultação de provas — condutas que, segundo a acusação, já teriam ocorrido.

As investigações começaram em 2024, após denúncias de vizinhos sobre barulho e movimentações envolvendo crianças e adolescentes durante as gravações. O caso ganhou repercussão nacional após um vídeo do YouTuber Felca denunciar a prática de adultização infantil nas redes sociais.

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