MC Euro: saiba quem é marido de Hytalo Santos preso por exploração sexual

O influenciador e marido de Hytalo Santos, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro, foi preso na manhã desta sexta-feira (15) em São Paulo, sob suspeita de exploração e exposição de adolescentes a conteúdos com conotação sexual. O caso ganhou repercussão após denúncias do youtuber Felca sobre supostos casos de "adultização" de crianças e adolescentes.

Natural de São Vicente (SP), é cantor de funk e já lançou diversas músicas com Hytalo. Uma dessas produções, de 2020, acumula mais de 2,8 milhões de visualizações no YouTube.

O casal se casou em 2023, em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, em uma cerimônia que chamou atenção por distribuir como brinde aos convidados iPhones 15 Pro Max, avaliados na época em cerca de R$ 10 mil cada.

A prisão de Vicente ocorreu no âmbito da investigação contra Hytalo Santos, conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que apuram exploração e exposição de menores em conteúdos produzidos para redes sociais. Menores que participavam dos vídeos de Hytalo também apareciam em conteúdos gravados e publicados por Euro, que grava vídeos junto ao influenciador há cerca de cinco anos. 

Desde a sexta-feira (8), suas contas nas redes sociais estão fora do ar, assim como a de Euro no Instagram.

A defesa do casal afirmou que eles estavam em São Paulo, a trabalho e a passeio, antes da divulgação das acusações, e disse possuir provas que comprovam seus compromissos como influenciador de grande porte.

O assessor de Hytalo minimizou os conteúdos dos vídeos e classificou as acusações como infundadas: "Qual é o problema de ter imagens de crianças e adolescentes dançando? Não foi sexualizada nenhuma criança. O funk, o brega funk, não é crime. Isso é cultura, e estão tentando criminalizar essa cultura", declarou.

Investigações

Hytalo e o marido foram presos em Carapicuíba (SP). O influenciador é investigado pelo Ministério Público do Estado da Paraíba pelos crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil. As prisões foram determinadas pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, da Paraíba, sob ordem do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa.

Os promotores justificaram a prisão preventiva dos dois como forma de evitar a prática de novos crimes e impedir a destruição ou ocultação de provas, condutas que, segundo a acusação, já teriam ocorrido desde o início das investigações.

As investigações contra Hytalo começaram em 2024, após a denúncia de vizinhos de que as produções envolvendo crianças e adolescentes se estendiam até tarde e faziam muito barulho. Segundo o Ministério Público, "muitas dessas filmagens envolviam bebidas alcoólicas, além de cenas que tinham uma conotação sensual".

O caso ganhou repercussão nacional após vídeo viral do youtuber Felca, em que ele denunciou "adultização" infantil nas redes sociais. Com o debate, a Justiça também determinou a suspensão de todos os perfis de Hytalo, proibiu contato com menores citados nas investigações e ordenou a desmonetização de conteúdos.

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em suas residências, recolhendo eletrônicos para análise pericial.