Defesa de Hytalo Santos se pronuncia sobre prisão do influenciador

Horas após a prisão de Hytalo Santos e de seu marido, Israel Natan Vicente, na manhã desta sexta-feira (15), a defesa do influenciador negou que o cliente tenha se evadido da Paraíba, estado onde ele mora e de onde partiu o mandado de prisão.

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Conforme os advogados, o casal "se encontrava em São Paulo bem antes de toda essa trama amplamente divulgada" a trabalho e passeio. Eles disseram ter provas nesse sentido, já que o cliente é um "influenciador de grande porte" e "tem vários compromissos".

Duas bancas cuidam da defesa do casal. Os advogados disseram que não dariam mais informações, pois "ainda não tiveram acesso aos autos" do processo, mesmo posicionamento que passaram em nota mais cedo. Mas disseram que, assim que tiverem acesso, vão entrar com pedido de habeas corpus.

Um dos advogados disse também que a família estava na casa com Hytalo e Israel no momento da prisão e reafirmou a inocência do influenciador.

O assessor de Hytalo minimizou os conteúdos dos vídeos e disse que as acusações são infundadas: "Qual é o problema de ter imagens de criança... adolescentes dançando? Não foi sexualizada nenhuma criança. [...] Gente, é isso, o funk não é crime, o brega funk não é crime. Isso é uma cultura e estão tentando criminalizar essa cultura", afirmou.

Sobre a máquina de lavar ligada durante a busca e apreensão na residência do influenciador em João Pessoa, na Paraíba, Josué, primo de Hytalo, afirmou que, antes de ir embora, a diarista havia deixado ligada após limpar o local.

Investigações

Hytalo e o marido foram presos em Carapicuíba (SP). O influenciador é investigado pelo Ministério Público do Estado da Paraíba pelos crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil. As prisões foram determinadas pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, da Paraíba, sob ordem do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa.

Os promotores justificaram a prisão preventiva dos dois como forma de evitar a prática de novos crimes e impedir a destruição ou ocultação de provas, condutas que, segundo a acusação, já teriam ocorrido desde o início das investigações.

As investigações contra Hytalo começaram em 2024, após a denúncia de vizinhos de que as produções envolvendo crianças e adolescentes se estendiam até tarde e faziam muito barulho. Segundo o Ministério Público, "muitas dessas filmagens envolviam bebidas alcoólicas, além de cenas que tinham uma conotação sensual".

O caso ganhou repercussão nacional após vídeo viral do youtuber Felca, em que ele denunciou "adultização" infantil nas redes sociais. Com o debate, a Justiça também determinou a suspensão de todos os perfis de Hytalo, proibiu contato com menores citados nas investigações e ordenou a desmonetização de conteúdos.

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em suas residências, recolhendo eletrônicos para análise pericial.