Homem é preso no Rio acusado de liderar grupo de sequestro na Bahia
Operação Alligator desarticulou quadrilha responsável por extorsões e sequestros na Bahia
Por Da redação.
Um homem de 61 anos foi preso na manhã desta segunda-feira (6), na capital do Rio de Janeiro, acusado de liderar um grupo de sequestro na Bahia, responsável por pelo menos três crimes de extorsão mediante sequestro na região de Ubaitaba, no sul do estado. A operação contou com o apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Denominada Alligator, a ação foi coordenada pela Polícia Civil da Bahia, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC) e da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus), em conjunto com a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil fluminense.
As investigações apontaram que o grupo de sequestro na Bahia mantinha as vítimas em cativeiro e exigia quantias em dinheiro para a libertação. O caso mais recente ocorreu em 23 de setembro deste ano, tendo como vítima uma mulher de 55 anos.
Grupo de sequestro na Bahia
Nesta segunda, as equipes cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos endereços no Rio de Janeiro. O homem foi capturado em cumprimento a uma ordem judicial e já utilizava tornozeleira eletrônica. Ele tem uma ficha criminal extensa, com registros por invasão de residências, roubo de carga, tráfico e associação para o tráfico de drogas, receptação, desobediência e lesão corporal culposa por atropelamento.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos planejavam novos sequestros nas próximas semanas. “Graças à ação integrada, a estrutura da organização criminosa foi desarticulada, impedindo a continuidade das ações”, informou a corporação.
O suspeito permanece custodiado e à disposição da Justiça.
Noticiário policial
Levantamento do Instituto Fogo Cruzado aponta que, entre janeiro e setembro de 2025, 26 pessoas foram vítimas de bala perdida em Salvador. Deste total, sete morreram e 19 ficaram feridas. Todos os casos ocorreram dentro dos limites do município, segundo os dados divulgados.
O número coloca Salvador como a segunda cidade com mais registros de vítimas de balas perdidas entre os 57 municípios analisados, que integram as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Recife e Belém.
No total, foram 170 vítimas de bala perdida nos nove primeiros meses do ano nas quatro regiões, com 32 mortes e 138 feridos. O número representa um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2024, quando 158 pessoas foram atingidas.
As ações e operações policiais foram responsáveis por 41% das ocorrências com vítimas de bala perdida em 2025. Nessas situações, 69 pessoas foram atingidas. Outras 32 foram baleadas durante confrontos entre grupos armados.
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro concentrou a maior parte dos casos, com 86 vítimas – sendo 17 mortos e 69 feridos. Recife aparece em seguida, com 52 vítimas, das quais seis morreram. Já em Belém, foram seis pessoas baleadas, com duas mortes registradas.
Violência em Salvador: entenda números e como cidade enfrenta crime
Como a quinta capital mais populosa do Brasil, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza, Salvador enfrenta um dos maiores desafios da sua história recente: a segurança pública. Ranqueada como a capital mais violenta do país em 2024 pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cidade registra índices alarmantes de homicídios, crimes armados e violência urbana.
Para traçar um panorama dos casos mais recentes da violência em Salvador, o Aratu On consultou registros da Polícia Civil referentes ao primeiro semestre de 2025. Entre janeiro e junho, foram contabilizados 378 homicídios dolosos - quando há intenção de matar - sendo 95% das vítimas homens e 5% mulheres. Ainda foram registrados 10 casos de latrocínio (roubo seguido de morte).
No Anuário de Segurança Pública, que mede homicídios e lesões graves com intenção de matar, Salvador apresentou taxa de 52 mortes por 100 mil habitantes, acima da média nacional, de 20,4.
No total, 1.335 mortes violentas foram registradas na cidade nesse período, representando quase 30% do índice nacional em apenas seis meses. Segundo o anuário, a capital baiana ultrapassou Macapá, enquanto a Bahia se mantém como o segundo estado mais violento do país, atrás apenas do Amapá.
Dados do Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência armada, mostram que entre janeiro e junho de 2025, Salvador registrou 485 mortos e 129 feridos por armas de fogo. Embora o número de tiroteios tenha caído 9% em relação ao mesmo período de 2024 - passando de 917 para 839 episódios - houve aumento no número de baleados: 864 pessoas atingidas, metade delas (50%) durante operações policiais.
Vítimas da violência em Salvador: dados revelam grupos mais vulneráveis
Segundo o Anuário de Segurança Pública 2024, Salvador é a capital mais violenta do país. Mas não são apenas os crimes letais que preocupam: idosos, mulheres e crianças também estão entre os grupos mais vulneráveis, seja em violência física, sexual ou digital.
O Aratu On trouxe dados exclusivos sobre os principais crimes registrados em Salvador entre janeiro e junho de 2025, com destaque para homicídios, mortes em operações policiais e crimes sexuais.
Entre janeiro e junho de 2025, a Polícia Civil registrou 378 homicídios dolosos (quando há intenção de matar), sendo 95% das vítimas homens e 5% mulheres. Também foram contabilizados 10 casos de latrocínio (roubo seguido de morte).
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