Pacientes recebem visita "diferente" de familiares em hospital baiano; "importante contato"
Pacientes recebem visita "diferente" de familiares em hospital baiano; "importante contato"
Os profissionais de saúde das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, passaram a contar com um "novo procedimento" que ajuda a confortar não só os pacientes hospitalizados, como os seus familiares.
As equipes de plantão utilizam equipamentos como aparelhos celulares para promoverem o que chamam de visita virtual. A medida ameniza as consequências do distanciamento, ocasionado pela suspensão de visitas presenciais nas UTIs, devido à pandemia da Covid-19.
“A gente começou a observar que a distância entre pacientes e familiares era um fator grande de sofrimento e, então, pensamos em formas de atuação para viabilizar esse contato e também acolher as famílias, que ficam tão mobilizadas e inseguras pelo fato de não conseguirem acompanhar de forma presencial a evolução dos quadro clínicos, embora o boletim seja transmitido todos os dias, por via telefônica, pelos médicos”, conta Marina Brito, psicóloga da UTI 2 do HGRS, que, conforme relata, notou sinais de ansiedade e sintomas depressivos nos familiares de pacientes internados.
Ela explica que, para realizar a videochamada, é preciso que seja feita avaliação prévia com o paciente, a fim de saber se ele tem condições e se demonstra desejo de manter contato com a família.
“Em caso positivo, acionamos a família – que já vem sendo acompanhada de forma virtual desde que o paciente foi admitido na unidade – e, ela se dispondo a esse contato, a gente agenda um horário. Não existe um horário fixo, vai depender da dinâmica daquela família e dos procedimentos aos quais o paciente será submetido ao longo do dia. Esse acordo fazemos com a participação de técnicos e enfermeiros, para que se sintam parte do processo, pois eles também estão abalados com tudo que está acontecendo e se sentem felizes em colaborar”.
Diretor-geral do HGRS, o anestesiologista José Admirço Lima Filho lembra que os pacientes que ficam confinados durante muito tempo em um ambiente hospitalar tendem a desenvolver um quadro de desorientação chamado delirium.
“Isso, de acordo com diversos estudos, é um fator alto de morbimortalidade. Ou seja, tendem a evoluir para óbito com mais facilidade. Por isso também, é tão importante que seja estimulado o contato com a família, para que eles não desenvolvam delirium”.
LEIA MAIS: Auxílio de R$ 600 pode durar mais de três meses, diz secretário; "não podemos desligar tudo"
Acompanhe todas as notícias sobre o novo coronavírus.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.