Ministério da Saúde produzirá medicamentos de plasma no Brasil; entenda

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (14), a produção nacional de hemoderivados, substância obtida a partir de plasma ou sangue humano, através da inauguração da nova fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). A pasta esclarece que a produção reforça a soberania nacional na produção de medicamentos essenciais para o Sistema Único de Saúde (SUS), e marca uma conquista significativa para a área. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou a novidade e reforçou que a medida assegura mais oportunidades para a região Nordeste, na cidade de Goiana (PE). 

"Trazer a Hemobrás para cá foi uma decisão política, como tantas outras que tomamos para garantir que o Nordeste tenha as mesmas oportunidades que qualquer outra região. Hoje, a Hemobrás é a maior fábrica de hemoderivados da América Latina, símbolo da nossa soberania e da capacidade do povo brasileiro. Um país soberano precisa cuidar da educação, garantir alimento e assegurar saúde para todos. A Hemobrás veio para ficar e para mostrar que o Brasil não depende de ninguém para produzir o que é essencial à vida", disse o gestor.

Importância da iniciativa  

O inventimento feito para o projeto chega a marca de R$1,9 bilhões, o ministério da saúde também fez um investimento recente de 1,8 milhões para promover a doação de leite materno na Bahia. O ministro da Saúde que anunciou em abril a expansão do programa “Mais Médicos”, Alexandre Padilha, declarou que a inauguração da Fábrica de Hemoderivados da Hemobrás significa um marco de cinco pontos para o país, todos marcados pela letra S.

Os  hemoderivados vai produzir, a partir do plasma humano, medicamentos de alto custo, como Albumina, Imunoglobulina e Fatores de Coagulação VIII e IX, usados no tratamento de queimados graves, pacientes de UTIs, hemofilias, doenças raras e em grandes cirurgias. 

“O dia de hoje tem um marco e um símbolo de uns cinco S: o S da saúde, o S do SUS, o S da segurança, o S da soberania e o S daqueles que acreditam que o Brasil é com S. Porque o Brasil com Z não faz uma Hemobrás. Não faz uma fábrica como essa no interior do Nordeste brasileiro, no estado de Pernambuco, se transformando para a América Latina e para o mundo numa das maiores fábricas que produzem vida”, contou. 

A Hemobrás vai ampliar gradualmente a produção nacional de hemoderivados e incorporar novos medicamentos, reforçando a política pública de acesso universal e gratuito pelo SUS. Essa iniciativa se soma a outras ações do Ministério da Saúde, como a parceria da Fiocruz com a EMS para produção nacional de canetas emagrecedoras e a campanha de doação regular de sangue da Hemoba, garantindo prevenção, tratamento e cuidado de qualidade para toda a população.

"A nova planta de hemoderivados não é apenas uma fábrica de medicamentos, é uma fábrica de cidadania. O plasma doado voluntariamente pela população volta em forma de medicamentos essenciais, garantindo soberania, justiça social e autonomia na produção nacional. Essa conquista protege vidas e melhora a qualidade de quem tem hemofilia e outras condições", destacou a presidente da Hemobrás, Ana Paula Menezes.

Leia também: Idoso ‘ressuscita’ após ter óbito constatado em hospital na Bahia

Leia também: Botulismo? Intoxicação por sanduíche causa duas mortes na Itália

Leia também: Planos de saúde terão que cobrir implante contraceptivo hormonal