Especialista alerta: injeções de vitaminas são seguras?
Quase 100% das brasileiras têm deficiência de vitaminas D e E, revela pesquisa; saiba se injeções de vitaminas são seguras
Por Thiago Conceição.
Uma deficiência generalizada de vitaminas D e E afeta mais de 90% das mulheres brasileiras. A falta desses nutrientes, essenciais para a imunidade, o metabolismo e a saúde óssea, foi revelada pela Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017–2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mostram que essa carência é quase universal, especialmente entre adultas e idosas. Neste cenário, nasce o questionamento: terapias injetáveis, as chamadas injeções de vitaminas, são aliadas no combate à deficiência?
Diante da deficiência em larga escala, o ginecologista Dr. Jorge Valente, especialista em metabologia e longevidade, destaca que as terapias injetáveis podem ser uma opção terapêutica segura e personalizada. "Elas permitem a administração de vitaminas, minerais, antioxidantes e hormônios em pacientes que realmente precisam, como aqueles que fizeram cirurgia bariátrica, têm dificuldades de absorção ou inflamações crônicas," explica o médico.
Segundo ele, a segurança do tratamento depende de protocolos clínicos rigorosos e do acompanhamento de especialistas.
Injeções de vitaminas: entenda os cuidados
Dr. Valente ressalta que os riscos associados às terapias injetáveis vêm do uso inadequado, não da terapia em si. "As vitaminas hidrossolúveis, como as do complexo B e a vitamina C, raramente causam toxicidade, pois são eliminadas pela urina. Já as lipossolúveis, como A, D, E e K, podem apresentar risco em doses excessivas, mas mesmo nesses casos a toxicidade é rara," esclarece.
O especialista faz um alerta importante: danos ao fígado e rins são muito mais comuns devido ao uso indiscriminado de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios, vendidos e consumidos sem controle. "Por isso, o perigo dos injetáveis, assim como de qualquer outra terapia, está no mau uso, e não devemos criar um alerta indiscriminado na população," completa.
Avaliação individualizada e hábitos saudáveis
Para garantir a eficácia e segurança do tratamento, o ginecologista reforça que a escolha do profissional e a abordagem individualizada são cruciais. "Cada pessoa tem necessidades específicas. A avaliação clínica detalhada, exames laboratoriais e o histórico médico orientam a decisão sobre quais substâncias aplicar, em quais doses e por qual via," afirma.
Dr. Jorge Valente conclui que a suplementação, seja ela injetável ou não, deve ser parte de um estilo de vida saudável, que inclui alimentação equilibrada, prática de exercícios e acompanhamento profissional contínuo. Ele reforça que, quando usadas corretamente, as terapias injetáveis podem ser grandes aliadas para melhorar a qualidade de vida, corrigir deficiências nutricionais e prevenir complicações.
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