Estudo aponta que mulheres são as mais afetadas pelo bruxismo; entenda

O estudo destaca que as mulheres são particularmente vulneráveis ao bruxismo noturno

Por Da Redação.

Você já se pegou rangendo ou apertando os dentes de forma involuntária ao longo do dia? A ação excessiva e repetitiva dos músculos da mandíbula é chamada de bruxismo e, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Tecnologia e Ciências (UniFTC) de Juazeiro, na Bahia, afeta majoritariamente mulheres.

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Foto: Ilustrativa/Pexels

De acordo com a pesquisa, 81,1% dos pacientes atendidos por causa da condição são mulheres, enquanto apenas 19,9% são homens. Entre as mulheres, a faixa etária mais afetada está entre 25 e 50 anos, grupo responsável por 63,9% dos atendimentos. O estudo destaca que este público é particularmente vulnerável ao bruxismo noturno, associado a fatores como estresse e ansiedade que se manifestam durante o sono.

Por que o bruxismo afeta mais as mulheres?

- Fatores hormonais: variações nos níveis de estrogênio, típicas do ciclo menstrual, gravidez e menopausa, influenciam diretamente a sensibilidade à dor e a função muscular, afetando a estabilidade da articulação temporomandibular.

- Características anatômicas: a própria estrutura física e funcional da articulação temporomandibular nas mulheres pode torná-las mais suscetíveis ao desenvolvimento de disfunções relacionadas ao bruxismo.

- Maior atenção à saúde: as mulheres são mais zelosas e atentas à própria saúde, buscando assistência médica com maior regularidade, o que resulta em um maior número de diagnósticos.

- Maior carga de tensão emocional: estudos citados no trabalho apontam que as mulheres costumam acumular uma carga emocional maior, o que potencializa estados de tensão e favorece hábitos parafuncionais como o bruxismo.

Foto: Ilustrativa/Pexels

Entre os homens, o perfil mais comum inclui indivíduos acima dos 51 anos, responsáveis por 47,2% dos casos masculinos. Segundo o estudo, “o bruxismo em homens tende a ocorrer mais frequentemente durante o dia — chamado de ‘bruxismo de vigília’ —, associado ao estresse cotidiano, tensões musculares contínuas e ao consumo de estimulantes como cafeína e álcool”.

Na faixa masculina de 26 a 50 anos, que representa 40,3% dos casos, “o estresse e hábitos parafuncionais, como roer unhas e apertar os dentes, são fatores determinantes para o desenvolvimento do bruxismo”. A pesquisa ainda aponta que “a resistência masculina em buscar cuidados de saúde pode explicar a menor prevalência registrada entre os mais jovens, enquanto os casos mais avançados se tornam mais evidentes com o passar dos anos”.

Quais os sintomas?

O principal sinal clínico do bruxismo é ranger ou apertar os dentes, mas outros sintomas também são comuns, como “desgaste dentário e de restaurações, alterações musculares, como hipertrofia dos músculos da mastigação e estalos articulares (conhecidos como estalidos) ao abrir e fechar a boca”.

Como tratar?

De acordo com o estudo, o tratamento do bruxismo requer uma abordagem multiprofissional e individualizada, focada não apenas na redução dos sintomas, mas também na identificação e controle dos fatores desencadeantes. “A orientação é procurar, em primeiro plano, um dentista.”

Contudo, os pesquisadores alertam: “não se possui um tratamento específico para lidar com os sintomas clínicos do bruxismo”. O objetivo, segundo o trabalho, “é de reduzir a intensidade da dor, inativar pontos gatilhos musculares, reabilitar o músculo e remover preventivamente fatores desencadeantes”.

O estudo, intitulado “Perfil dos pacientes atendidos com disfunções temporomandibulares associadas ao bruxismo em Juazeiro, Bahia”, foi publicado na Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação em maio deste ano.

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