Saúde

Esperança: estudo clínico de vacina para chikungunya apresenta 96% de eficácia; Salvador participa de testagem

Terceira fase de testes aconteceu nos Estados Unidos e a próxima etapa deve ser realizada no Brasil. Cidades como Salvador, São Paulo e Fortaleza vão fazer parte da testagem do imunizante.

Por Da Redação

Esperança: estudo clínico de vacina para chikungunya apresenta 96% de eficácia; Salvador participa de testagemCréditos da foto: Ilustrativa/Pexels

O Instituto Butantan anunciou que os resultados da terceira fase de testes para a vacina contra a chikungunya mostram uma eficiência de 96% na produção de anticorpos contra a doença.


Os testes para uma vacina contra a doença causada pelo mosquito da dengue, o Aedes Aegypti, são uma parceira entre o Butantan e a empresa de biotecnologia Valneva, e foram feitos nos Estados Unidos (EUA), contando com a participação de 4.115 voluntários, com mais de 18 anos de idade, entre homens e mulheres. 


Os resultados mostraram que a chamada imunogenicidade, que é a capacidade do corpo gerar resposta imunológica, permaneceu por, ao menos, seis meses. De acordo com o Butantan, os dados são representativos porque os EUA não são uma região endêmica de chikungunya, ou seja, não há circulação do vírus, e ainda assim os anticorpos se mantiveram ativos. A tendência é que em locais com altos índices de casos, a produção de antígenos seja muito maior.


Os testes seguirão por mais cinco anos, para aferir detalhes como a manutenção dos índices de proteção e também as diferenças em grupos etários.


De acordo com o chefe médico da Valneva, Juan Carlos Jaramillo, os resultados deste estudo dão uma maior segurança para a produção de uma vacina. “Entregar pela primeira vez os resultados finais da fase 3 de uma vacina contra chikungunya significa que estamos um passo mais próximos de solucionar uma importante e crescente ameaça de saúde pública”, afirma ele. 


TESTAGEM NO BRASIL


Os testes em nosso país, que é uma região endêmica de chikungunya, já começaram e terão duração de 15 meses. Cerca de 750 voluntários, de 12 a 17 anos, devem participar. Já no fim de janeiro, o Instituto Butantan iniciou um ensaio clínico em São José do Rio Preto. Centros de pesquisa em São Paulo, Salvador, Aracaju, Campo Grande, Fortaleza e Belo Horizonte também vão participar do processo.


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