O Instituto Butantan anunciou que os resultados da terceira fase de testes para a vacina contra a chikungunya mostram uma efici&ecirc;ncia de 96% na produ&ccedil;&atilde;o de anticorpos contra a doen&ccedil;a.

Os testes para uma vacina contra a doen&ccedil;a causada pelo mosquito da dengue, o Aedes Aegypti, s&atilde;o uma parceira entre o Butantan e a empresa de biotecnologia Valneva, e foram feitos nos Estados Unidos (EUA), contando com a participa&ccedil;&atilde;o de 4.115 volunt&aacute;rios, com mais de 18 anos de idade, entre homens e mulheres.&nbsp;

Os resultados mostraram que a chamada imunogenicidade, que &eacute; a capacidade do corpo gerar resposta imunol&oacute;gica, permaneceu por, ao menos, seis meses. De acordo com o Butantan, os dados s&atilde;o representativos porque os EUA n&atilde;o s&atilde;o uma regi&atilde;o end&ecirc;mica de chikungunya, ou seja, n&atilde;o h&aacute; circula&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus, e ainda assim os anticorpos se mantiveram ativos. A tend&ecirc;ncia &eacute; que em locais com altos &iacute;ndices de casos, a produ&ccedil;&atilde;o de ant&iacute;genos seja muito maior.

Os testes seguir&atilde;o por mais cinco anos, para aferir detalhes como a manuten&ccedil;&atilde;o dos &iacute;ndices de prote&ccedil;&atilde;o e tamb&eacute;m as diferen&ccedil;as em grupos et&aacute;rios.

De acordo com o chefe m&eacute;dico da Valneva, Juan Carlos Jaramillo, os resultados deste estudo d&atilde;o uma maior seguran&ccedil;a para a produ&ccedil;&atilde;o de uma vacina. &ldquo;Entregar pela primeira vez os resultados finais da fase 3 de uma vacina contra chikungunya significa que estamos um passo mais pr&oacute;ximos de solucionar uma importante e crescente amea&ccedil;a de sa&uacute;de p&uacute;blica&rdquo;, afirma ele.&nbsp;

TESTAGEM NO BRASIL

Os testes em nosso pa&iacute;s, que &eacute; uma regi&atilde;o end&ecirc;mica de chikungunya, j&aacute; come&ccedil;aram e ter&atilde;o dura&ccedil;&atilde;o de 15 meses. Cerca de 750 volunt&aacute;rios, de 12 a 17 anos, devem participar. J&aacute; no fim de janeiro, o Instituto Butantan iniciou um ensaio cl&iacute;nico em S&atilde;o Jos&eacute; do Rio Preto. Centros de pesquisa em S&atilde;o Paulo, Salvador, Aracaju, Campo Grande, Fortaleza e Belo Horizonte tamb&eacute;m v&atilde;o participar do processo.

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