Operação Overclean cumpre mandados contra desvio de verbas públicas
Terceira fase da Operação Overclean investiga uma organização criminosa acusada de fraudar verbas públicas
Por Da Redação.
A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quinta-feira (3) a terceira fase da Operação Overclean, que investiga uma organização criminosa acusada de fraudar licitações, desviar verbas públicas, cometer corrupção e lavar dinheiro.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Aracaju (SE), além de uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público, determinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo as investigações, o esquema atuava principalmente no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), com foco na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA), além de outros órgãos públicos que teriam recebido apoio operacional da organização.
As apurações indicam que o grupo direcionava recursos de emendas parlamentares e convênios para empresas e pessoas ligadas a prefeituras, por meio de superfaturamento de obras e desvios. Estima-se que R$ 1,4 bilhão tenham sido movimentados em contratos fraudulentos.
Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. A operação segue em andamento, sem informações sobre prisões até o momento.
Outras fases da Operação Overclean
Em dezembro de 2024, dois dos 15 presos pela Polícia Federal na Operação Overclean, são o ex-coordenador Departamento Nacional de Obras Contra as Secas na Bahia (Dnocs-BA) durante a gestão do ex-presidente, Lucas Lobão, e o empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, conforme apuração do Aratu On. Os outros 13 detidos ainda não tiveram os nomes divulgados.
Além de Lobão e Moura, teria sido preso Flávio Henrique de Lacerda Pimenta, servidor da Secretaria Municipal de Educação de Salvador.
Segundo a Receita Federal, no período investigado, a organização movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão, tendo celebrado R$ 825 milhões em contratos somente em 2024 com diversos órgãos públicos.
A organização criminosa investigada pela força-tarefa utilizava um esquema estruturado para direcionar recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.
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