Nunes Marques será o relator da operação Overclean no STF
Ministro do STF Nunes Marques foi sortedor como relator da operação Overclean, que investiga desvios milionários em contratos públicos
O ministro do STF Kássio Nunes Marques foi designado como relator da operação Overclean, que investiga desvios milionários em contratos públicos. O caso foi enviado pela Polícia Federal ao Supremo após o deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA) ser citado nas investigações.
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Elmar Nascimento é um dos investigados da ação, que tem como foco contratos de empresas associadas aos irmãos Fabio e Alex Parente, além de José Marcos de Moura, o conhecido "Rei do Lixo", com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e administrações estaduais e municipais, segundo informações divulgadas pelo colunista Fabio Serapião, do Metrópoles.
A operação ganhou destaque após a prisão de Francisco Nascimento, primo de Elmar, na primeira fase da investigação. Ele é acusado de fazer parte de um braço do esquema criminoso operado em Campo Formoso, na Bahia.
Durante a ação policial, Francisco chegou a tentar jogar dinheiro pela janela do imóvel. Além de Elmar Nascimento, a operação aponta para a possível implicação de pelo menos quatro outros membros da cúpula do União Brasil, o que gerou uma onda de temor no cenário político.
Primeira Fase e 'Rei do Lixo'
Deflagrada no dia 10 de dezembro, a primeira fase da Overclean cumpriu 42 mandados de busca e apreensão, além de 17 mandados de prisão preventiva (sendo 16 executados e apenas uma pessoa não localizada) na Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Além do sequestro de R$ 162,3 milhões em ativos, a operação ainda apreendeu uma aeronave, imóveis de luxo, barcos e veículos, ligados ao grupo.
Segundo apuração do Aratu On, os presos na operação foram divididos entre "líderes" e "membros operacionais", sendo alguns dos cabeças o empresário do setor de limpeza urbana José Marcos de Moura, conhecido como "Rei do Lixo", e Lucas Maciel Lobão Vieira, ex-coordenador do DNOCS na Bahia.
Além deles, o esquema era organizado por:
- Alex Rezende Parente (líder da organização, responsável por financiar e gerenciar atividades ilícitas), responsável pelas empresas Allpha Pavimentações, Larclean Ambiental e Qualymulti Serviços EIRELI
- Fabio Rezende Parente: Executor financeiro, realizava transferências bancárias, pagamentos de propinas e movimentações financeiras por meio de contas de terceiros.
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