MPE será acionado para cobrar homologação do concurso público da SMS
Vereadora contestou a iniciativa da prefeitura de renovar contratos Reda
Por Da redação.
Aguardada desde o dia 25 de fevereiro deste ano, a homologação do concurso público promovido pela Prefeitura de Salvador, com 592 vagas para a Secretaria da Saúde, até o momento não foi publicada. Em audiência pública na manhã desta segunda-feira (25), conduzida pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB), foi aprovado o recurso ao Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) para que cobre a convocação dos aprovados. A SMS não enviou representante ao debate da Câmara.
Aladilce contestou a iniciativa da prefeitura de renovar contratos Reda, que fragilizam o vínculo trabalhista. "O Reda deveria ser um sistema emergencial, teria que ser pontual e não permanente", observou a vereadora, frisando que adotou todas as formas de pressão possíveis para cobrar a convocação dos concursados.
A mesa foi composta pelo vereador Hamilton Assis (PSOL), da Comissão de Transporte e Serviços Municipais da Câmara e da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público; Ivanilda Brito, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde); Lília Cordeiro, do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps); Vinícius Chagas, do Sindicato dos Enfermeiros; e Almir Picanço, da Comissão de Concursados. A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) enviou representante e se colocou à disposição para o movimento.
Almir leu a carta dos concursados, deixando clara a insatisfação com o que classifica descaso da gestão com o certame e, consequentemente, com a qualidade dos serviços prestados na área da saúde. "Todos conhecemos a realidade das unidades básicas de saúde e das Unidade de Pronto Atendimento (UPAs). As filas são intermináveis por falta de profissionais e o atendimento está precarizado", denunciou.
Vários concursados confessaram o impacto emocional da falta de convocação, como a desmotivação para se preparar para outros processos seletivos. Além de quase 600 vagas ofertadas no concurso, milhares de profissionais estão no cadastro de reserva, habilitados à nomeação.
Também profissional de saúde, Lilia Cordeiro, do Sindseps, estimou a necessidade na rede municipal de "10 vezes mais o número de vagas do edital do concurso". Ivanilda fez a defesa do SUS e sustentou que só com profissionais qualificados e com contratos seguros é possível garantir um atendimento digno à população.
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