Licitação para construção do Teleférico do Subúrbio sairá este ano, diz Bruno Reis

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), confirmou que irá abrir um processo de licitação para as obras do Teleférico do Subúrbio

Por, Matheus Caldas e Bruna Castelo Branco.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), confirmou, durante os festejos de 2 de Julho, que aconteceram na manhã desta quarta-feira (2), que a prefeitura irá abrir um processo de licitação para as obras do Teleférico do Subúrbio, que fará integração da região com a Estação Pirajá e o metrô.

Além desse projeto, o gestor municipal informou que irá licitar a construção de um Centro de Convenções no Centro Histórico, que ficará na atual sede da prefeitura, na Praça Municipal. As licitações devem ser abertas ainda este ano.

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Foto: Valter Pontes/Secom PMS

"A ideia é, no segundo semestre, licitar o teleférico [do Subúrbio], licitar o Centro de Convenções lá do Centro Histórico, obras que terão início no ano que vem. Vamos entregar arena [Arena Multiuso], vamos entregar hospital, muitas escolas novas serão entregues agora, nesse próximo semestre. Vamos passar o ano todo fazendo entregas todos os dias", afirmou ele. Veja:

Teleférico do Subúrbio

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, autorizou, em março deste ano, concessão de garantias da União para um empréstimo de US$ 125 milhões (aproximadamente R$ 730 milhões na cotação atual) entre a Corporação Andina de Fomento (CAF) e a prefeitura de Salvador para financiar a construção do teleférico no Subúrbio Ferroviário.

A operação de crédito integra o financiamento do Programa de Inclusão Social e Territorial (PIST), que prevê investimentos em mobilidade urbana, capacitação profissional e serviços digitais. O teleférico do Subúrbio é uma das iniciativas contempladas pelo programa.

O aval da Fazenda era o último requisito necessário para a formalização do contrato de crédito entre a instituição financeira e a prefeitura. Segundo o despacho, a operação recebeu autorização da Secretaria do Tesouro Nacional e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

O acordo para o financiamento foi aprovado pela diretoria da CAF, em 18 de julho de 2023. Na época, o presidente-executivo da instituição, Sergio Díaz-Granados, destacou que o programa beneficiará diretamente mais de 900 mil pessoas, entre moradores e turistas, ao melhorar a infraestrutura e ampliar a inclusão social na capital baiana.

Projeto do teleférico. | Foto: Divulgação

Segundo estudo obtido pelo Aratu On, em 2023, o intuito era que o modal fosse construído até 2026, contanto que as obras começassem em fevereiro deste ano – portanto, o processo já está atrasado.

De acordo com a proposta, entregue ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), quatro estações serão construídas na primeira etapa do teleférico. São elas:

1 - Praia Grande
2 - Novo Mané Dendê
3 - Escola Pirajá
4 - Campinas de Pirajá 
 
A proposta foi apresentada pela Fundação Mário Leal Ferreira, o banco estatal alemão KfW e a Ingeniería de Sistemas de Transporte e Cables (ISTC) -Engenharia de Sistemas de Transportes e Cabos-, empresa colombiana especializada no desenvolvimento de sistemas de transporte a cabo. 

A primeira estação ficará sobre o atual terreno da garagem da Plataforma, uma das empresas que compõem o consórcio Integra, que opera o sistema de ônibus da capital.

A segunda estação ao lado do Residencial Mané Dendê, em Ilha Amarela. Já a terceira estação, em Pirajá, deve ser edificada onde há, atualmente, a Escola Municipal General Labatut, na Rua 8 de Novembro.

E última estação, por fim, denominada Campinas de Pirajá, será construída nas imediações da Estação Pirajá, a fim de interligar o modal com o metrô e os ônibus.

A estimativa apresentada no estudo é que, diariamente, sejam transportadas 23 mil pessoas.

A fase de estudos de viabilidade deve durar até janeiro. No mês seguinte, conforme cronograma apresentado pela Fundação Mário Leal Ferreira ao BNDES, haverá a fase de licitação e contratação.

Plano de Mobilidade

O teleférico faz parte de um conjunto de iniciativas propostas no Plano de Mobilidade (Planmob), que visa construir um pacote de iniciativas de mobilidade para Salvador em 50 anos. O texto foi apresentado em 2018, pelo ex-prefeito ACM Neto (União) e apresenta soluções de transporte, urbanismo, infraestrutura viária e cicloviária, além da construção e estruturação de modais.

A etapa do teleférico do Subúrbio é a primeira de 22,5 km previstos para funcionar até 2049 na cidade. O intuito é que o modal seja construído, futuramente, em locais como IAPI, Brotas e Pernambués, a fim de levar o equipamento às estações de metrô da Bonocô, do Retiro e do Detran.

Outros trechos do teleférico ainda podem ser edificados no Centro, no Comércio e em outros pontos do Subúrbio, que devem receber o VLT.

No Planmob, ainda há a possibilidade de integração do BRT com teleféricos nas avenidas Gal Costa e 29 de Março. Contudo, estas localidades irão abrigar o novo projeto do VLT, construído pelo governo do estado, não o BRT.

Nas justificativas apresentadas no plano, a prefeitura cita o exemplo de Medellin, na Colômbia. A cidade conta com três linhas, 10,7 km de extensão e 309 gôndolas, com equipamento integrado ao metrô.

“O sistema é adequado para o transporte de passageiros em áreas com densidade ocupacional e topografia acentuada. Tem baixa capacidade de transporte (da ordem de 3.000 passageiros/ hora/ sentido) e sua implantação requer pouca desapropriação”, diz trecho do Planmob.

No documento, a gestão municipal pondera que a implantação dos teleféricos deve ser “consolidada a partir dos Planos de Mobilidade dos Bairros que deverão ser desenvolvidos posteriormente”. O Palácio Thomé de Souza diz, ainda, que o projeto é um “um subprograma de longo prazo”. 

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