Após pesquisa Quaest, Jerônimo atrela sua popularidade com a de Lula

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), avaliou a última pesquisa da Quaest, que apontou sua aprovação em 59% e a do presidente Lula em 60% no estado. Em resposta, ele comentou que há uma forte correlação entre a aprovação de seu governo e a do presidente.

Segundo Jerônimo, os resultados da pesquisa não o acomodam, mas o impulsionam a continuar o trabalho. 

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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou nesta sexta-feira (22) o resultado da pesquisa Quaest, que o colocou com 34% das intenções de voto para 2026, contra 41% de ACM Neto (União Brasil), ex-prefeito de Salvador. Apesar de ainda não ter analisado os números em profundidade, o governador enxerga um "empate técnico" na disputa.

"Acompanhei a pesquisa, mas não a analisei em profundidade. Obtive acesso a uma versão esta manhã. Observamos um empate técnico, com resultados próximos. O ponto crucial é a forte correlação entre a aprovação do governo e a aprovação do presidente Lula. A minha aprovação está em 59%, enquanto a de Lula é de 60%”, disse Jerônimo.

O governador ressaltou que os resultados não o deixam acomodado e que ele continuará intensificando sua agenda de entregas no estado. Como exemplo, ele citou a ordem de serviço para a construção de um hospital e uma maternidade em Serrinha, além da ampliação do sistema de esgotamento sanitário da cidade. O projeto prevê que a cobertura passará de 13% para 60%, podendo chegar a 95% em fases futuras.

Jerônimo também destacou investimentos em saúde e infraestrutura em outras regiões da Bahia. Segundo ele, há obras em andamento ou prestes a começar em Alagoinhas, Jacobina, Valença, Itapitanga, Gandu e Remanso, que incluem hospitais regionais, maternidades e policlínicas. "Quando esses hospitais estiverem todos prontos e funcionando, eu tenho certeza que a rede vai amadurecer, tanto com as unidades estaduais quanto municipais”, afirmou.

Para o governador, a pesquisa deve servir como um incentivo para manter o ritmo de trabalho. “O povo da Bahia depositou sua confiança em mim para que eu trabalhasse. Apesar de quase 60% de aprovação, isso não me acomoda; pelo contrário, me impulsiona”, declarou. O petista reconheceu desafios em áreas como segurança pública e acesso à água, mas afirmou que tem buscado apoio do governo federal e de outros estados para avançar. “É uma luta cotidiana. A pesquisa nos põe os pés no chão e mostra que precisamos sempre melhorar. O padrão nosso é cuidar das pessoas”, concluiu.

Reeleição

A pesquisa em questão revela um cenário de empate técnico na aprovação de sua reeleição, com 48% dos eleitores considerando que ele merece um segundo mandato e outros 48% que não. Apenas 4% não souberam ou não responderam. O levantamento mostra uma evolução positiva para o governador, já que, em fevereiro de 2025, a desaprovação de uma possível reeleição era de 50%, enquanto a aprovação era de 44%.

O levantamento aponta uma mudança significativa em relação a fevereiro do mesmo ano. Naquela época, a avaliação era mais desfavorável ao governador: 50% dos entrevistados não achavam que Jerônimo merecia um novo mandato, contra 44% que consideravam que sim. A taxa de indecisos era ligeiramente maior, com 6% dos eleitores se mantendo neutros.

Eleitorado de Jerônimo

Jerônimo Rodrigues consolida seu apoio em faixas etárias mais avançadas. Ele tem a preferência de 44% dos eleitores com 51 anos ou mais. Sua base é mais forte entre aqueles com menor escolaridade e renda. Eleitores que ganham até 2 salários mínimos (SM) dão 40% de seus votos a ele, e aqueles que têm até o ensino fundamental completo o apoiam com 41%.

Pesquisa Quest ainda revela principais temas a serem explorados na eleição de 2026. O governador Jerônimo Rodrigues oscila negativamente com temas como Segurança e Saúde, que historicamente sofre com críticas pela fila da regulação. Por outro lado, o petista está bem avaliado na educação e na entregas de obra de infraestrutura.

Outro fator que chama atenção é a dificuldade do do governo em faturar com a queda na taxa de desemprego, divulgada neste mês pelo IBGE. O assunto é um gargalo histórico do estado e a pesquisa revela dificuldade da gestão em ser reconhecida nesta área.