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Organização internacional critica veto dos EUA a texto do Brasil na ONU

Brasil apresentou proposta de posicionamento da ONU sobre conflito entre Israel e Hamas, mas Estados Unidos vetou

Por Da Redação

Organização internacional critica veto dos EUA a texto do Brasil na ONU
A organização internacional não governamental de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) divulgou uma nota criticando o veto do governo dos Estados Unidos contra a resolução negociada pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
A proposta brasileira de posicionamento da ONU sobre o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas. O texto sugeria a condenação dos ataques do Hamas contra Israel, o apelo pela liberação de reféns pelo grupo, o pedido de liberação para ações humanitárias e a revogação da ordem israelense de retirada de civis do norte de Gaza.
Votada na manhã desta quarta-feira (18/10), a proposta teve 12 dos 15 votos, três a mais do que é necessário para ser aprovada. Mas, como recebeu o veto dos Estados Unidos, não foi validada. Diferente do Brasil, que é membro rotativo, os Estados Unidos são membro permanente do Conselho e, por isso, tem direito a veto.
A Human Rights Watch classificou a postura dos Estados Unidos, como “cínica” no uso do poder de veto. Os outros membros permanentes, China, França, Rússia e Reino Unido, votaram a favor do texto brasileiro.
"Mais uma vez, os EUA usaram de forma cínica seu poder de veto para impedir que o Conselho de Segurança da ONU atue em relação a Israel e Palestina em um momento de violência sem precedentes", disse a entidade, em nota.
A HRW também lembrou que o texto condenava os ataques do grupo islâmico Hamas contra civis em território israelense, algo que os Estados Unidos também defendiam. E foi a ausência desse trecho que fez o país rejeitar o texto da Rússia, dois dias antes.
“Ao fazerem isso, vetaram demandas que eles mesmos insistem, com frequência, em outros contextos, quais sejam: que todas as partes cumpram a lei humanitária internacional e garantam que a ajuda humanitária vital e os serviços essenciais cheguem às pessoas que mais precisam. Eles também vetaram a condenação do ataque de 7 de outubro, realizado pelo Hamas, assim como a exigência de libertação dos reféns”, diz a nota.
Por fim, a organização propõe que a Assembleia Geral da ONU tome medidas sobre o conflito. “Diante do impasse no Conselho, os países membros da ONU deveriam pedir à Assembleia Geral que tome medidas urgentes para proteger os civis e evitar atrocidades em grande escala”.
*Com informações da Agência Brasil
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