Governo cobra apuração em caso de marceneiro morto por PM em São Paulo
O marceneiro Guilherme Dias Santos, de 26 anos, foi morto com um tiro na cabeça por um PM em São Paul
Por Da Redação.
O Governo Federal, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou nota oficial nesta terça-feira (9) cobrando uma apuração rigorosa sobre a morte de Guilherme Dias Santos Ferreira, marceneiro de 26 anos, baleado na cabeça por um policial militar em Parelheiros, zona sul de São Paulo, no último dia 4 de julho.
Guilherme foi morto pelo agente Fábio Anderson Pereira de Almeida, após ser confundido com um assaltante. O jovem havia encerrado sua jornada de trabalho e corria para pegar um ônibus quando foi atingido por um disparo na Estrada Turística de Parelheiros.
Responsabilização dos envolvidos na morte do marceneiro Guilherme Dias
Na nota, o MDHC se solidarizou com a família e amigos da vítima e declarou que “o trágico episódio envolvendo Guilherme Dias é um alerta contundente de que precisamos, urgentemente, repensar as políticas de segurança pública e o papel de nossas forças policiais no combate à violência”.
O ministério defendeu que a atuação policial seja pautada “pelo respeito inegociável aos direitos humanos, garantindo a segurança de todos, sem jamais colocar em risco a vida de pessoas inocentes”.
A nota ainda solicita uma “apuração rigorosa, célere e transparente do caso, com a imediata responsabilização de todos os envolvidos”.
PM que matou marceneiro Guilherme Dias foi liberado após fiança de R$ 6,5 mil
O policial envolvido foi afastado das atividades operacionais. Lotado no 12º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano, chegou a ser preso em flagrante por homicídio culposo (sem intenção de matar), mas foi liberado após pagamento de fiança.
Em 2023, Almeida foi reprovado em um teste psicológico durante concurso para agente auxiliar de perícia oficial da polícia do Paraná. A decisão está sendo contestada judicialmente.
Em nota, a Polícia Científica do Paraná afirmou que os concursos “são realizados por bancas especializadas” e seguem os critérios previstos em lei e edital.
Já a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo declarou que o ingresso na corporação segue critérios rigorosos, incluindo exame psicológico validado pelo Conselho Federal de Psicologia. A nota destaca ainda que “não há impedimento legal para uma pessoa prestar um novo concurso para a Polícia mesmo após ter sido reprovado anteriormente em qualquer tipo de exame”.
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