Kiki Bispo despista sobre volta à Câmara, mas fala em tom de despedida da Sempre; "cumpri meu papel"
O iminente retorno do vereador licenciado ocorre em meio à crise entre Bruno Reis e o presidente da Casa, Geraldo Jr. (MDB)
Ainda secretário de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), Kiki Bispo (UB) despistou sobre o retorno à Câmara de Salvador, mas já falou nesta segunda-feira (18/4) em tom de despedida da pasta.
Segundo o vereador licenciado, cabe ao prefeito Bruno Reis (UB) decidir sobre o assunto. Contudo, ele diz que a volta ao Legislativo soteropolitano "é uma possibilidade real". Apesar de ele não admitir, o Aratu On apurou que a movimentação deve ser finalizada ainda nesta semana.
"O prefeito falou comigo na semana passada. Ele quer que a gente esteja mais presente na Câmara. Já cumpri meu papel na Sempre e volto para o Legislativo municipal com a finalidade de contribuir com a base do governo e estreitar o diálogo", disse, em entrevista ao Aratu On.
De acordo com Kiki, a experiência que ele teve dentro da Prefeitura deve ajudar na articulação dentro da Câmara. "Essa interface vai ficar mais fácil de ser realizada. Reiterando que a base, hoje, tem 30 vereadorers, portanto ampla maioria, mas ainda assim vamos buscar fortalecer mais, sobretudo do ponto de vista institucional", pontuou.
O iminente retorno do vereador licenciado ocorre em meio à crise entre Bruno Reis e o presidente da Casa, Geraldo Jr. (MDB), que começou com a ida do emedebista para a base do Governo Rui Costa (PT), na qual ele é pré-candidato a vice-governador na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT).
Nas últimas semanas, o MDB vem perdendo cargos na Prefeitura. Na Câmara, parlamentares governistas vêm engrossando a oposição a Geraldo, embora, publicamente, Bruno minimize o apoio do presidente ao grupo petista.
A reportagem apurou na última semana que um grupo de vereadores apoiadores de Bruno analisam a possibilidade de pedir o impeachment de Geraldo, argumentando que ele teria violado o regimento interno da CMS, que garante a segurança do voto secreto aos vereadores na eleição da Mesa Diretora, ao afirmar que o atual vice-presidente Carlos Muniz (PTB) foi "traído" por um colega, que não votou nele na última eleição, ocorrida no início do mês.
Publicamente, ele já foi criticado pelo ex-vice-presidente Duda Sanches (UB), pelos líderes do Governo, Paulo Magalhães Jr. (UB), e do União Brasil na Casa, Claudio Tinoco.
Enquanto Kiki volta, Marcelle Moraes (UB) deve se licenciar do mandato. O Aratu On apurou que ela deve assumir a Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), deixando espaço para o suplente Orlando Palhinha, histórico aliado de Bruno Reis e do ex-prefeito ACM Neto (UB), continuar com uma cadeira na Câmara.
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