El Patrón: Justiça marca julgamento de habeas corpus para Binho Galinha
Justiça vai julgar habeas corpus apresentado pela defesa de Binho Galinha contra decisões da 1ª Vara Criminal de Feira de Santana
Por Matheus Caldas.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) vai julgar, na próxima semana, um habeas corpus solicitado pelo deputado estadual Binho Galinha (PRD), réu por lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. Os crimes são investigados no âmbito da Operação El Patrón, conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
A Corte marcou o julgamento para a próxima terça-feira (30), a partir das 13h30. O processo, de relatoria do desembargador Baltazar Miranda Saraiva, será apreciado pela Segunda Turma da Primeira Câmara Criminal do TJ-BA.
O colegiado vai julgar um habeas corpus apresentado pela defesa de Binho Galinha contra decisões da 1ª Vara Criminal de Feira de Santana. O processo tramita em segredo de Justiça, portanto, não há mais detalhes a respeito do mérito.
Operação El Patrón
Em agosto, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), reverteu decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que havia anulado provas colhidas na Operação El Patrón contra Binho Galinha e outros investigados por integrar milícia em Feira de Santana. Além do deputado, são réus a esposa, Mayana Cerqueira da Silva, e o filho, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano.
A decisão monocrática de Zanin, à época, acatou recurso do Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra a alegação de problemas processuais. O ministro reconheceu a legalidade do compartilhamento de informações financeiras.
O STF frisou que não houve indícios de abuso por parte das autoridades, como o chamado “fishing expedition”, e que a solicitação da Polícia Federal foi precedida de procedimento investigativo formal. A Primeira Turma da Corte ainda rejeitou recurso apresentado pelo parlamentar.
Quem é Binho Galinha
Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, é apontado pelo MP-BA como líder de uma organização criminosa atuante em Feira de Santana. A denúncia atribui ao grupo atividades de milícia, receptação, jogo do bicho, extorsão, agiotagem, lavagem de dinheiro e outros crimes.
Deflagrada em dezembro de 2023, a Operação El Patrón cumpriu dez mandados de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão, bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias e sequestro de 40 imóveis urbanos e rurais, além da suspensão de atividades de seis empresas.
O Ministério Público calculou em R$ 700 milhões o valor total cobrado, incluindo danos morais supostamente causados pela organização.
Na época, o deputado afirmou, em nota, que confiava na Justiça e que estava à “disposição para dirimir dúvidas e contribuir quanto à transparência dos fatos”.
Binho Galinha foi denunciado em 2023, pelo MP-BA, pela prática de receptação, contravenção do jogo do bicho, extorsão, agiotagem, lavagem de capitais e outros delitos. Outras 14 pessoas também foram denunciadas pelo Ministério Público.
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