Legista diz que Juliana Marins morreu quatro dias após cair de vulcão

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morreu entre a madrugada de terça-feira (24) e o início da tarde de quarta-feira (25), segundo laudo da autópsia divulgado nesta sexta-feira (27) por autoridades indonésias. A estimativa contradiz a versão da agência de busca e resgate da Indonésia (Basarnas), que havia informado que a jovem foi encontrada já sem vida na noite de terça.

De acordo com o médico legista Ida Bagus Alit, os ferimentos foram provocados por um trauma contundente, com múltiplas fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa, que causaram hemorragia interna e danos a órgãos vitais. A análise indica que a morte ocorreu em um curto intervalo após o impacto.

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“Não havia sinais que indicassem que a morte tenha ocorrido muito tempo após os ferimentos”, afirmou Alit à imprensa. Ele também explicou que, embora houvesse um ferimento na cabeça, não foram identificados sinais de hérnia cerebral — uma complicação que, em geral, leva horas para se manifestar. “A ausência desse tipo de sinal reforça a hipótese de que a morte foi rápida”, disse.

Juliana caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia, no sábado (21), por volta das 6h (horário local). Horas depois, chegou a ser registrada ainda com sinais de movimento por drones operados por turistas.

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Ela só foi localizada novamente na segunda-feira (23), presa em uma encosta rochosa a cerca de 500 metros de profundidade. Inicialmente, a queda foi estimada em cerca de 300 metros, mas, com o passar dos dias, o corpo desceu ainda mais.

A data exata da morte segue indefinida e é alvo de divergência. “De acordo com meus cálculos, a vítima morreu na quarta-feira, entre 1h e 13h”, declarou o legista. A estimativa considerou fatores como temperatura, umidade e o fato de o corpo ter sido transportado por várias horas em um freezer, o que pode interferir nos sinais pós-morte.