Juliana Marins ficou viva por 32 horas após queda, aponta laudo brasileiro
Publicitária Juliana Marins morreu após cair no Monte Rinjani, na Indonésia
Por Da Redação.
Peritos brasileiros divulgaram, nesta sexta-feira (11), novos detalhes sobre a morte da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, que caiu no Monte Rinjani, na Indonésia, no dia 20 de junho. Segundo uma nova autópsia realizada no Brasil, Juliana permaneceu viva por cerca de 32 horas após a primeira queda.
Desde que o corpo foi encontrado, no dia 24 de junho, o caso tem sido investigado para esclarecer as circunstâncias da morte, especialmente o tempo que a jovem resistiu após o acidente. A primeira autópsia, realizada em Bali, apontou que Juliana sofreu múltiplas fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa, causadas por um trauma contundente.
As lesões provocaram hemorragia interna e danos a órgãos vitais, indicando que a morte teria ocorrido pouco tempo após o impacto. Ainda assim, os legistas da Indonésia afirmaram que Juliana teria sobrevivido por até quatro dias.
+ Saiba quem é a brasileira que caiu em cratera de vulcão na Indonésia
No entanto, após o corpo ser trazido ao Brasil, a família solicitou uma nova perícia. Em coletiva de imprensa nesta sexta, a irmã de Juliana, Mariana Marins, acompanhada de peritos da Polícia Civil, informou que a jovem permaneceu viva por 32 horas após a primeira queda.
Segundo a Polícia Civil, Juliana inicialmente deslizou de costas por cerca de 60 metros, até colidir com um paredão rochoso. Depois, seguiu em queda por uma distância total de aproximadamente 220 metros em relação à trilha original. Acredita-se que, no impacto final, ela tenha caído de frente, o que teria causado sua morte.
Segundo o perito Reginaldo Franklin, a estimativa da hora da morte foi possível graças à análise entomológica, a partir do estudo de larvas encontradas no couro cabeludo de Juliana. Com base no ciclo de vida do inseto, concluiu-se que a morte ocorreu por volta de 12h15 (horário local) do dia 22 de junho. Ou seja, cerca de 32 horas após o primeiro acidente.
Com base nas reconstituições da perícia, a trajetória da queda foi dividida em etapas:
1 - Juliana escorregou cerca de 60 metros na primeira queda;
2 - Caiu até 220 metros de distância da trilha;
3 - Sobreviveu, ainda ferida, por mais de um dia, escorregou novamente por mais 60 metros;
4 - Após um último impacto, permaneceu viva por mais 15 minutos, em estado de agonia. Sendo encontrada sem vida a 650 metros.
Relembre o caso de Juliana Marins
Juliana Marins foi encontrada morta no último dia 24 de junho, após quatro dias de tentativas de resgate no Parque Nacional do Monte Rinjani.
No dia do acidente, ela fazia uma trilha de aproximadamente três dias com cinco turistas e um guia, rumo ao cume do vulcão Rinjani, quando tropeçou e caiu em um trecho de descida íngreme.
O velório aconteceu no último dia 4 de julho, com cerimônia aberta ao público e, em seguida, restrita a amigos e familiares. Inicialmente, Juliana seria cremada, mas os familiares decidiram enterrar o corpo para que novas investigações fossem possíveis.
LEIA MAIS: Fotos e vídeos são proibidos no velório de Juliana Marins; veja detalhes
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).